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VIOLÊNCIA E EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS EDUCAR PARA LA DEMOCRACIA Y LA CIUDADANÍA: EXAMEN PRELIMINAR DE UNA INVESTIGACIÓN SOBRE EDUCACIÓN CIUDADANA EN LA REPÚBLICA DOMINICANA TIEMPO PROPICIO PARA EL EJERCICIO DE LA CIUDADANÍA EDUCACIÓN PARA LA PAZ Boletín del Proyecto Interinstitucional DDHH Juntos N° 34 - Marzo de 2007 CENTRO POVEDA C/PINA 210, CIUDAD NUEVA TELS.: 689-5689 / 686-021 FAX: (809) 685-4635 Ctro.poveda@codetel.net.do SANTO DOMINGO, REP. DOM. YACHAY TINKUY AVENIDA GENERAL GALINDO 1223 CASILLA 2419 TEL.: 42925 yachay@vidired.com COCHABAMBA, BOLÍVIA NOVAMERICA RUA DEZENOVE DE FEVEREIRO, 160 BOTAFOGO 22280-030 RIO DE JANEIRO RJ BRASIL TEL/FAX: (55) (21) 2542-6244 novamerica@novamerica.org Este número fue elaborado por el equipo del CENTRO YACHAY TINKUY. Esta publicación está financiada por la Fundación ICO. APOIO C/Seminario de Nobles 4-5ª centro 28015 MADRID ESPAÑA TEL/FAX: 91/5416458/915481921 Maria da Consolação Lucinda NOVAMERICA Reconhecer as diferentes manifestações de violência e seus mecanismos sociais de reprodução para podermos atuar, no âmbito social e educacional, de maneira a favorecer a transformação da realidade e a construção de uma sociedade mais humana e justa.(Decálogo Educação para a Paz) Um recente balanço sobre pesquisas, relacionando violência e escola no Brasil, após 1980, assinala que - apesar do intenso debate público em torno do tema e de sua relação com os segmentos juvenis, como protagonistas e ou como vítimas - pesquisadores demoram a assimilar as relações entre violência e escola, no conjunto de seus interesses1. A temática é, ainda, pouco trabalhada do ponto de vista da pesquisa educacional, apesar de ser objeto grande preocupação entre educadores e pais.2 Os estudos sobre violência, notadamente no âmbito da educação, continuam abordando o tema da violência, sistematicamente, como sujeito, muito mais 1SPOSITO (2001:1). “Um breve balanço da pesquisa sobre violência escolar no Brasil”, in: http://www.scielo.br/scielo.php CANDAU, V. M. (1998). “Direitos Humanos, 2 Violência e Cotidiano Escolar”, in: http://www.gecec.pro.br/artig.htm do que como objeto de interesse e investigação. O fenômeno continua sendo abundante e cotidianamente abordado em jornais de grande circulação, constado nas pautas da imprensa e da mídia, através de uma variedade de conflitos no cotidiano escolar. A problematização do emprego indiscriminado e irrefletido do termo violência, tem como ponto de partida duas questões importantes: 1) o que unifica conflitos, crimes e comportamentos tão diferentes? e 2) o que nos faz pensar que tudo isso tem um nome só? O emprego deste termo reclama uma compreensão profunda de aspectos relacionados com o modo como é empregado3. Muitos estudos realizados na década de 1990 ressaltam a com3 MISSE (2006:1) Entrevista concedida à TENDÊNCIAS E DEBATES http://www.ifcs.ufrj.br/~ppgsa/doc 1 DDHH Juntos plexidade da problemática da violência e a importância de compreendê-la a partir de suas diferentes manifestações. dendo do agente e da ótica adotada; 2) as imagens ou representações sociais do crime e da violência e o medo da população; 3) contar as vítimas e os crimes ou da criminalidade violenta, mais recentemente discriminada por gênero, idade ou cor; 4) a procura de explicações para o aumento da violência e da criminalidade, com um debate sobre a relação entre pobreza e violência e do crime organizado; 5) o problema social da criminalidade como tema de política pública.4 A análise dos fatores associados ao aumento da violência no âmbito escolar favorece a constatação de que, da mesma forma que nos casos de violência urbana, esses fatores podem estar relacionados tanto a questões estruturais, quanto a questões culturais e/ou éticas. Podem ainda ter suas origens localizadas na estrutura social mais ampla ou na própria dinâmica escolar5. Decorrente do fato de que se trata de um fenômeno multicausal e amplo, na última década, os estudos assumiram distintos contornos. O presente texto pretende ser uma reflexão sobre alguns aspectos do conceito de violência a partir de elementos que ajudam a pensar alguns condicionantes do modo como lidamos com ele e de fatores associados ao uso que dele fazemos. Em termos dos estudos que enfocam aspectos mais amplos da relação entre violência e sociedade no Brasil, outro levantamento concluiu que, os campos temáticos mais presentes na literatura, resumidamente, são: 1) a reflexão sobre o que é violência e os seus múltiplos planos e significados, depen2 DDHH Juntos Como operamos com o comceito de violência? No que se refere aos condicionantes do modo como concebemos o que é violência, um as4 ZALUAR, A. (2006) “Um debate disperso: violência e crime no Brasil da redemocratização”, in http://www.scielo.br/scielo.php 5 NASCIMENTO, M. das G. A. “Por uma educação pela paz e pela não violência”, mimeo. S/D pecto importante a se considerar diz respeito à abordagem metodológica. As pesquisas realizadas sob os auspícios da Organização das Nações Unidas para a Educação e Cultura (UNESCO), por exemplo, em geral, privilegiaram a abordagem de cunho sociológico, com ênfase em aspectos definidos como quali-quantitativos 6 . Os aspectos teórico-metodológicos são apresentados como diagnósticos e, de certo modo, a pesquisa de natureza descritiva fica secundada como abordagem qualitativa. SPOSITO (2001:1) comentando sobre pesquisas com esse recorte assinala que, “Os levantamentos nacionais observados no final da década de 1990 apresentam uma peculiaridade: não são estudos voltados de modo privilegiado para o exame das relações entre violência e escola. Os mais freqüentes são grandes surveys que se realizam com jovens moradores de ca6 Conforme o “Pronunciamento: ‘Seminário Internacional Violência Nas Escolas: Educação e Cultura Para a Paz’”, em todo o mundo, a UNESCO tem se dedicado a promover a cultura de paz, seguindo a determinação da Assembléia Geral das Nações Unidas, que incumbiu a organização de levar à frente um movimento mundial de transição de uma cultura de violência para uma cultura de tolerância e solidariedade. No Brasil, o trabalho da Representação da UNESCO tem sido apoiado por uma sólida linha de pesquisas sobre juventude, violência e vulnerabilidade social. Os resultados desses estudos têm permitido caracterizar e analisar uma série de problemas que afetam diretamente o dia-a-dia e as expectativas de futuro de 34 milhões de jovens brasileiros, entre eles a violência escolar. (Extraído de www.unesco.org.br/noticias/opinião) pitais, onde suas relações com a violência são examinadas no interior de outras variáveis. Registra-se apenas um único estudo nacional realizado sobre condições de trabalho com professores da rede de ensino público, no qual o tema da violência e segurança nas escolas é abordado”. (P. 1) As manifestações de violência identificadas nesses levantamentos, apontados por SPOSITO (2001:1), são ainda enfrentadas na década atual. Algumas reflexões que visam pensar e propor estratégias de enfrentamento ainda tem como inspiração investigações e reflexões teóricas empreendidas naquele período. Outras trazem novas perspectivas e incorporam um quadro de categorias que ajudam a refletir sobre questões conhecidas, mas que exigem novas estratégias de enfrentamento. Este é o caso do emprego do termo bullying que, começou a ser utilizado em trabalhos mais recentes e que tem sido apropriado em discussões e debates sobre a violência no contexto escolar. Esta discussão tem contribuído para a reflexão, bem como para delinear os contornos característicos da violência no âmbito da escola. 3 DDHH Juntos O que vem a ser o bullying? Bullying é o termo em inglês que tem sido empregado, atualmente, para definir um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem, no ambiente escolar, sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s). Pesquisas em torno da manifestação deste fenômeno assinalam como suas principais conseqüências a dor, a angústia e o sofrimento. E, suas manifestações mais recorrentes são os insultos, as intimidações, os apelidos cruéis, as gozações que magoam, as acusações injustas, a atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais7. Caracterizado da forma descrita acima, o bullying é entendido como um comportamento intrínseco às relações interpessoais em que os mais fortes convertem os mais frágeis em objetos de di7 FANTE, C. (2005) Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas, SP: Verus. 4 DDHH Juntos versão e prazer, diante da incapacidade da vítima se defender. Outro aspecto característico do fenômeno é a tendência da vítima não conseguir motivar outras pessoas a agirem em sua defesa. Uma das estratégias de enfrentamento e forma de controle do bullying é a adoção de medidas que envolvam a comunidade escolar, no sentido de construir uma cultura da não-violência. Toda criança e todo adolescente têm o direito de freqüentar uma escola segura e o compromisso dos agentes escolares e da família deve ser o de promover uma educação que consiga formar cidadãos conscientes que respeitem a pessoa humana e as suas diferenças. Conforme o guia com orientações para Professores/as, elaborado pela ABRAPIA, Quando não há intervenção efetiva contra o bullying, o ambiente escolar tende a tornar-se contaminado por um clima de ansiedade e medo, afetando todos os estudantes. Como forma de controlar o bullying é importante que a escola adote medidas que envolvam toda a comunidade escolar, contribuindo positivamente para a formação de uma cultura da não-violência. Toda criança e adolescente tem o direito de freqüentar uma escola segura e solidária e o compromisso de todos deve ser o de promover uma educação capaz de gerar cidadãos consciente, que respeitem a pessoa humana e as suas diferenças. ma que enreda o cotidiano escolar e a violência, colocando como imperativo ético a defesa do princípio de solidariedade. Em outras palavras, o que vale observar é o contexto escolar como cenário onde o fenômeno da violência se manifesta, a partir de elementos outros que não se limitam ao plano das agressões físicas e às formas tradicionais de operacionalização do conceito. Violência e cotidiano escolar A compreensão das relações entre a escola e as práticas da violência passam pela reconstrução da complexidade das relações sociais na escola. Considerando que a escola não apenas se situa em contextos violentos, mas que também é produtora de violência, uma questão que deve ser considerada diz respeito às causas da violência intra-escolar e suas conseqüências na qualidade da educação. A compreensão sobre o fenômeno do bullying se amplia quando articulada com a noção de insulto e ilumina a reflexão sobre violência e educação em direitos humanos em uma perspectiva que abarca a estratégia de enfrentamento do bullying. Na abordagem sobre educação em direitos humanos, uma primeira constatação que merece atenção é que a violência não pode ser reduzida ao plano físico, pois abarca, também, os planos psíquico e moral. Talvez se possa afirmar que uma das especificidades da violência seja o desrespeito, a coisificação, a negação do outro, a violação dos direitos humanos. Esta perspectiva aproxima a tra- Uma premissa fundamental a ser considerada nos estudos sobre violência e cotidiano escolar seria, conforme CANDAU (1998), que as relações entre violência e escola não podem ser concebidas exclusivamente como um processo de "fora para dentro", a violência presente na sociedade penetra no âmbito escolar afetando-o, mas também trata-se de um processo gerado no próprio interior da dinâmica escolar: a escola também produz violência. 5 DDHH Juntos 6 DDHH Juntos Centro Cultural Poveda, República Dominicana Área de Investigación 1 Introducción En este artículo sobre el tema “Educar para la democracia y la ciudadanía”, visto en una perspectiva desde la República Dominicana, vamos a aprovechar algunos de los resultados preliminares del análisis de algunas las entrevistas realizadas a maestras y maestros de escuelas públicas seleccionadas para una investigación cualitativa realizada por el Centro Cultural Poveda en el marco de la Red Interinstitucional para la Educación en Derechos Humanos, Ciudadanía y Democracia (Centro Cultural Poveda, de la República Dominicana, Novamérica, de Brasil y Yachay-Tinkuy, de Bolivia) sobre educación en y para la ciudadanía. Pretendemos tratar algunos aspectos sobre las concepciones y vivencias de la ciudadanía entre este grupo de maestras y maestros, así como de la educación ciudadana que imparten y que han recibido. El universo de esta investigación estuvo constituido por maestras y maestros que sirven a una población estudiantil empobrecida. Se revisaron 40 entrevistas en total correspondientes a 3 escuelas de la zona urbana y 8 de la zona rural. Primeramente situemos conceptualmente nuestra propia noción de ciudadanía, que por supuesto orientó en parte nuestra búsqueda, aún cuando uno de nuestros propósitos era captar la noción “real” de ciudadanía predominante entre las maestras y maestros. En el accionar del Centro Cultural Poveda en la República Dominicana, se ha tratado de impulsar en los proyectos de intervención socioeducativa un modelo de conciencia crítica que supone una concepción crítica de la ciudadanía. Esta no sólo incorpora la facultad para ejercer los derechos civiles, políticos y sociales, siguiendo la de7 DDHH Juntos finición de T. H. Marshall,8 más los derechos de reciente generación, como los ambientales y los culturales, sino que también integra la dimensión de género y una visión activa y transformadora de la ciudadanía de cara a los desafíos que el actual mundo globalizado neoliberal nos fuerza a encarar críticamente.9 8 T. H. Marshall, Citizenship and Social Class (Ciudadanía y Clase Social), en The Citizenship Debates. A Reader, por Gershon Shafir (ed.), University of Minnesota Press, 1998. 9 Entre la literatura de base sobre ciudadanía tenida en cuenta para este artículo se encuentran los siguientes documentos: Leopoldo Artiles Gil, El nuevo rol de la ciudadanía, Pontificia Universidad Católica Madre y Maestra (PUCMM), Grupo de Acción por la Democracia, 1996; Dinorah García Romero, Formación Ciudadana, Escuela y Propuesta Socioeducativa de la Institución Teresiana, Centro Cultural Poveda/Comisión Propuesta Socioeducativa, Noviembre 2006, Rep. Dominicana, ponencia; Consuelo Gimeno y Argentina Henríquez, Hacia una conceptualización de ciudadanía critica y su formación: Anuario Pedagógico [No.5] Educación en derechos humanos, ciudadanía y formación crítica de maestros y maestras, Santo Domingo 2001, pp.13-58. María Luz Ca- 8 DDHH Juntos Esta noción de ciudadanía está asociada con la concepción de los derechos humanos, que si bien en gran parte se incluyen entre los derechos ciudadanos, no están, como estos últimos, necesariamente limitados al marco de la soberanía del Estado Nacional. En consecuencia, la concepción de los derechos humanos abarca y a la vez determina el carácter relativo de los derechos ciudadanos. Lo inverso no es admisible. Por tanto, un Estado Nacional no debería reconocerle “derechos” a sus ciudadanos que sean incompatibles con los derechos humanos, como serían las prácticas discriminatorias de cualquier índole. Por consiguiente, como utopía posible, el Centro Cultural Poveda aspira a la constitución de una mayor simetría entre derechos ciudadanos y derechos humanos en el horizonte de una ciudadanía crítica transformadora. Pasemos entonces a la consideración de las entrevistas. llejo de la Vega, Educar para los derechos humanos: una lectura desde el área de Matemáticas: Anuario Pedagógico [No.4] Educación dominicana: Propuesta desde la sociedad civil, Santo Domingo 2000, pp.101-115. Margarita Bartolomé Pina, Diálogo entre las diferencias. Aportes de la educación crítica a la formación de sujetos democráticos: Anuario Pedagógico [No.8] Educación Crítica: Retos y Aportes para que otro Mundo sea Posible, Santo Domingo 2004, pp. 7-62. ¿Qué significa “ciudadanía” y ser “ciudadana/o? En las entrevistas correspondientes a la investigación, y sobre todo entre maestros y maestras de la zona rural, sobresale una noción de ciudadanía referida al factor geográfico –el lugar donde se nace-, y de población nacional –pertenencia a una formación nacional-estatal, porque ser dominicano/a implica ser ciudadano/a dominicana/o, lo cual se refuerza con la idea de que la ciudadanía se legitima mediante la documentación que prueba la pertenencia de una persona a una comunidad determinada.10 “Para mí un ciudadano es todo aquel, todas aquellas personas que tienen una nacionalidad definida, que sabe a que país pertenecen, que se identifiquen como persona con nombres y apellidos, eso para mí es ciudadano. Aquellas personas que no tienen... esos no son ciudadanos” (s/n, Ent # 12) Por lo tanto, una pre-condición de la ciudadanía y del disfrute de los derechos ciudadanos es tener un documento de identidad que certifique la nacionalidad. 10 A veces aparece una noción universal del ciudadano, en el sentido de que ser ciudadano significa sencillamente ser un componente de la “sociedad”, o más simplemente, pertenecer a la humanidad. Sorprende que inclusive aparezca una noción de ciudadanía afín, o a la experiencia de la Grecia Antigua, o a la simple inferencia adjetiva, cuando se dice: “ser ciudadano es pertenecer a la ciudad”. El hecho de que sea sobre todo en la zona rural donde aparecen estas definiciones de ciudadanía está relacionado con la existencia de población pobre sin documentos legales de identidad en el país. “… hay niños que no están de- clarados porque los padres tampoco están declarados, no tienen cédula […] entonces eso tiene que ver con la ciudadanía, porque una gente que no tenga acta de nacimiento y que no tenga cédula no se siente ser ciudadanos, no se siente ser de ningún país porque no tiene nada,....” (Ent. # 13) Pero también podría estar relacionado con los temores asociados a la presencia de población haitiana inmigrante en condiciones de irregularidad. Por debajo de estas nociones, aparece la de “derechos”. Ser ciudadano o ciudadana significa tener derechos. ¿Cuáles derechos? Entre las maestras y los maestros de la zona urbana cubierta por la investigación, la ciudadanía es vista diferentemente en relación a los derechos: ellas identifican muchos de los derechos no sólo jurídicamente, sino también en términos de derechos sociales tales como: el “derecho a trabajar, a estudiar, a la educación…”. 9 DDHH Juntos Otras ven la ciudadanía “… cuando exijo mi derechos…” a decir de unas, otras sitúan dicho sentimiento “… en el momento de las elecciones…”, sin embargo, otras manifiestan su compromiso ético-moral externando que “…me he sentido ciudadana cuando hay un problema, ya sea familiar con los estudiantes y usted se involucra….”, de modo que se pasa al ámbito de la responsabilidad cuando “….usted se hace partícipe de ese problema y busca soluciones…” “Sí existe relación porque para ser ciudadano tú tienes que tener derechos… si eres ciudadano tienes que tener derechos. Para asegurarte un ente ciudadano tienes que entrar en la democracia, vivir en libertad, porque la democracia es tener libertad y un ciudadano debe considerarse libre para ser ciudadano, ..., la palabra ciudadanía significa ser libre”. (Ent. # 5). Aparece en otro momento la asociación entre ciudadanía y derechos humanos, y cuando se mira a fondo lo que se entiende por derechos humanos, se enmarcan los 10 DDHH Juntos derechos humanos en la capacidad de atender y resolver problemas de carácter social. “Claro que si existe mucha relación entre Ciudadanía y DDHH porque todos somos ciudadanos y todos tenemos derechos y nos gusta que se nos respeten, pero también debemos aprender a ser tolerantes y a respetar.” (Ent. # 6). ¿Cómo se vive la ciudadanía? Hay una vivencia de la condición ciudadana cuando ellas/os se realizan profesionalmente. Esto es común a las zonas rural y urbana, y se combina con la presencia en actos públicos donde las maestras son “vistas” y apreciadas por la gente como ciudadanas y maestras, así como con los roles ejemplares que deben adoptar en el hogar. Unas maestras de la zona rural, se expresaron de la siguiente forma: “(…) venir a dar clases, eso me hace sentir más ciudadana. Ir a las votaciones en las fechas correspondientes (…) En mi caso, como maestra, donde quiera que me ven las papás de los alumnos, la gente me saludan, eso me hace sentir más ciudadana”. (Ent. # 15) “(…) siendo maestra, ejerciendo la educación porque eso me compromete hacer a otras personas que se sientan ciudadanas, que sepa quién es en verdad,...”. (Ent. # 13) Y otras maestras, de la zona urbana, dijeron: “Educando a los alumnos, darle ejemplo, también en el hogar tratar de ser ejemplo, ser buena madre, dar ejemplo de ser buena ciudadana”. (Ent. # 10). “Afanando mucho, trabajando, tratando de sobrellevarme bien con mis semejantes, tratando de ayudar un poquito a los estudiantes en cada problema”. (Ent. # 6). “Claro que si, al momento de ejercer el voto que es un derecho de todos los dominicanos”. (Ent. # 3).Cuando se produce una valoración negativa del ejercicio profesional, el descenso de la autoestima como profesional aparece junto con una baja en la autoestima como ciudadana/o. “No, porque … tú tienes tu valores y lucha por tus valores y la sociedad siempre maltratándote, ayer mismo estaba en un banco y allí los papás y demás personas decían que el maestro no era nadie, que el maestro lo que vive es vagueando, que lo que quieren es ganar dinero, y me sentí un poco mal cuando vi a la gente burlándose de mí y mis compañeros,...”. (Ent. # 11 ). También se manifiesta esta baja autoestima en la condición de maestra/o y de ciudadano/a cuando se establecen diferencias por posición económica y no se les pide participar en actividades políticas del barrio. Otro nivel de vivencia de la ciudadanía es el ejercicio del derecho al voto, que a veces aparece como uno de los derechos de ciudadanía. Esto emergió con claridad entre las maestras y maestros de la zona urbana. “A veces a uno no lo valoran como ciudadano porque cuando en los sectores que vivimos no nos prestan los servicios básicos, no te toman en cuenta,....”. (Ent. # 12). “Si, por ejemplo, cuando uno va a votar, en ese momento es que llaman al ciudadano a elegir, y yo como ciudadana de este país puedo elegir”. (Ent. # 1). “Bueno, a veces en las actividades políticas de mi barrio y en la junta de vecinos, que deberían involucrar a los maestros para moldear la conducta, porque los maestros 11 DDHH Juntos somos gentes importantes”. (Ent. # 3). Formación en el tema de la ciudadanía Es notable el hecho de que siendo la educación ciudadana uno de los ejes formativos del currículo de la escuela dominicana, las entrevistadas, en su mayoría, dicen o no haber recibido ninguna o muy poca formación como educador en el tema de la Ciudadanía. En la última década han sido numerosos los esfuerzos para ofrecer formación en educación ciudadana; sin embargo, entre las maestras y maestros entrevistados por nosotros, muy pocas han tenido la oportunidad de aprovechar estos esfuerzos. 11 Esto quizás explica el tipo de conceptualización y vivencia de la ciudadanía reveladas por las maestras y maestros en las entrevistas. dadana, que se orientan sobre todo a inculcar un modelo de ciudadanía centrado en la participación electoral, en las obligaciones ciudadanas y en la capacidad de auto-organizarse para contribuir a la solución de problemas locales y puntuales. Sin que se pretenda ignorar la importancia de estos aspectos, debe destacarse la necesidad de construir un modelo de ciudadanía en la que la persona humana esté mejor conciliada con la soberanía, que si bien en el nivel agregado se convierte en la soberanía del pueblo cuyo mandato se delega en un acto representativo (elecciones), en el plano personal y grupal inmediato debe constituirse en la fuente generadora de las transformaciones necesarias para superar la injusticia y la pobreza opresoras. CONCLUSIONES PRELIMINARES Un aspecto a considerar es el de la orientación de la mayoría de los programas de formación en educación ciudadana. Ha predominado una orientación importada de modelos de ciudadanía de países desarrollados, por lo que los temas de igualdad y equidad, justicia social y pobreza, no se destacan en los programas de educación ciu- 11 Se debe apuntar que el sistema educativo público tiene alrededor de 65,000 maestras y maestros, por lo que se entiende que todavía esta formación no haya llegado a la mayoría; no obstante, los esfuerzos continúan. 12 DDHH Juntos Se evidencia en el discurso de las maestras y maestros entrevistados en el contexto de escuelas que atienden comunidades empobrecidas, un predominio del concepto de ciudadanía visto como sinónimo de “población nacional” ligado a un territorio y a un Estado Nacional. En un segundo momento se asocia a la ciudadanía la noción de derechos de diver- sa índole, como los derechos políticos y sociales, y hasta con los derechos humanos, sin que se establezca una diferencia entre éstos y los derechos ciudadanos, invitando a una identidad entre ambos. La vivencia de la ciudadanía entre las maestras y maestros se combina frecuentemente con la realización profesional, por lo que la desvalorización de la profesión, tiende a acompañarse de una experiencia de desvalorización de la condición ciudadana de la maestra y el maestro. Es notoria la escasa formación en educación ciudadana de las maestras y maestros, lo que explica muchas de sus conceptualizaciones, a lo que se suma el problema de la orientación de esta formación para los que tienen la oportunidad de recibirla, que no rescata los desafíos que enfrentan las maestras y maestros en ambientes de exclusión, injusticia y empobrecimiento. 13 DDHH Juntos Rina López Villarroel1 En Bolivia estamos viviendo un tiempo oportuno y propicio para el ejercicio de la ciudadanía, es decir las condiciones son favorables, se van generado espacios de participación para la ciudadanía, como los encuentros territoriales con los asambleísta, en el que todas las personas teníamos la posibilidad de hacer conocer nuestras propuestas, aportes para que se tome en cuenta en la nueva Constitución Política del Estado. Es un tiempo de muchas posibilidades para el ejercicio de la ciudadanía, que implica un desafío porque exige hacer propuestas, imaginar la nueva sociedad en el que queremos vivir. Es un tiempo de construir, de generar conocimiento, de soñar, de hacer proyecciones, en fin un tiempo de mirar con mucha esperanza el presente y el futuro de nuestro país y del mundo. Considero que, actualmente, la población está viviendo tiempos de esperanza y de mucha expectativa, está esperando al mismo tiempo contribu14 DDHH Juntos yendo a generar cambios significativos. Muchos sectores sociales para hacer propuestas a la Asamblea Constituyente han repensado prácticas, conceptos, formas de interrelación, etc. Respecto a la ciudadanía, por ejemplo, varios sectores sociales están planteando la reconceptualización o la ampliación del término ciudadanía. En la actual Constitución Política del Estado ciudadanía se define: “Son ciudadanos los bolivianos, varones y mujeres mayores de dieciocho años de edad, cualesquiera sean sus niveles de instrucción, ocupación o renta” (Artículo 41) Por otro lado en el artículo 40 dice: “La ciudadanía consiste: 1. En concurrir como elector o elegible a la formación o al ejercicio de los poderes públicos 2. En el derecho a ejercer funciones públicas, sin otro requisito que la idoneidad, salvo las excepciones establecidas por Ley” Sabemos que históricamente los niños, niñas y adolescentes han vivido la marginación, la discriminación, el anonimato y el aislamiento Este concepto de ciudadanía tradicional es reduccionista porque restringe la ciudadanía al ejercicio de algunos derechos políticos, a votar y la posibilidad de ser elegido. Esta perspectiva o la manera de concebir la ciudadanía es excluyente, porque no considera a niños, niñas y adolescentes como ciudadanos. Es decir las personas menores de 18 años no son considerados ciudadanos, además se reafirma que la edad es un factor de discriminación. En términos numéricos el 47 por ciento de la población boliviana, no estarían en la categoría de ciudadanos. en la familia al ser considerados sujetos del ámbito privado, negándoles su existencia social. Generalmente pensamos que los niños, niñas y adolescentes son solamente responsabilidad de los padres y de los profesores, nos falta avanzar y pensar que niños, niñas y adolescentes son responsabilidad social. Por ello, cuando en la calle alguien transgrede los derechos de los niños y las niñas, las personas no suelen manifestarse, un claro ejemplo es cuando los que dirigen el transporte público no les recogen a los escolares, no paran y los pasajeros adultos no le dicen nada al chofer. 15 DDHH Juntos Esta exclusión generacional es mucho más grave si se asocia al origen de clase, género y etnia. La marginación es mayor cuando se trata de niña, además campesina o indígena. Por lo que el desafío mayor es reconceptualizar la ciudadanía y por su puesto cambiar nuestras prácticas. Sin embargo, esta perspectiva reduccionista de ciudadanía está arraigada en el imaginario social, las personas cuando escuchan a través de medios de comunicación alguna información referida a ciudadanía, lo primero que imaginan son a personas que viven en la ciudad, además adultos, nadie piensa en los niños, niñas, adolescentes ni en los indígenas como ciudadanos. Lo que fui constatando en cinco años de docencia, siempre les hago la pregunta: ¿en quiénes piensas cuando escuchas hablar de ciudadanía? , hasta el momento ni un estudiante me dijo que piensa en niños ni en las personas que pertenecen a grupos éticos, algunos incluso sólo imaginan que son las personas que tienen cierto poder económico, político o simbólico. La doctrina de los derechos humanos señala que los derechos son universales, indivisibles e interdependientes lo que significa que todas las personas, cualquiera sea su circunstancia de vida, son sujetos de derechos y actores sociales, por lo que no puede mantenerse una 16 DDHH Juntos comprensión tan excluyente de la ciudadanía, peor aquella concepción de asistir a las urnas, cada cierto tiempo. La ciudadanía es el derecho a tener derechos y ejercerlos. Es decir la ciudadanía se ejerce en los diferentes espacios cotidianos. Por tanto en la nueva Constitución Política del Estado debería decir: son ciudadanos todos los bolivianos y bolivianas sin distinción de ninguna naturaleza Al plantear que se considere a los niños, niñas y adolescentes como ciudadanos no significa que tienen que votar desde el nacimiento, hay que tener claridad que en derechos humanos hay diferencia entre goce y ejercicio de derechos Cuando hablamos del goce de los derechos hacemos referencia al reconocimiento del sujeto individual o colectivo como titular de un derecho, lo que no implica necesariamente su ejercicio. Cuando hablamos del ejercicio de los derechos nos referimos a la práctica, que conlleva la responsabilidad moral y jurídica de sus consecuencias. Por lo tanto, las niñas, los niños y los adolescentes gozan de todos y cada uno de los derechos humanos; sin embargo el ejercicio de algunos derechos - voto, funciones públicas, matrimonio, etc. - es progresivo, ya que depende del desarrollo biológico, psicológico y social de las personas, del contexto socio cultural y de los límites legales que existen en el país. 17 DDHH Juntos Unidad Educativa S. José de Calasanz (Anzaldo) Elmer Flores, Rosse Mery Sánchez y Roxana Suyo Los profesores y profesoras de la Unidad Educativa S. José de Calasanz de la localidad de Anzaldo, apoyados por el Centro Yachay Tinkuy, nos pusimos a reflexionar sobre la necesidad y perspectivas de una educación para la paz. Las conclusiones de esta reflexión fueron recogidas por Elmer Flores, Rosse Mery Sánchez y Roxana Suyo. Empezamos por preguntarnos ¿por qué vemos necesaria, en este momento una educación que considere la paz como tema central de la vida en un establecimiento escolar, y nos planteamos la urgencia de construir una sociedad en la que haya respeto entre personas, pueblos e incluso entre naciones. Nos encontramos en un mundo donde existe mucha desigualdad entre clases sociales, lo que da lugar a la injusticia social reflejada, especialmente, en la pobreza, en la falta de recursos básicos y de oportunidades equitativas para el desarrollo de niños, niñas y adolescentes. 18 DDHH Juntos Nos animamos a afirmar que la educación para la paz se da en un proceso que conduce al progreso, a la justicia, a la equidad, al respeto, expresados en una convivencia intercultural que enri- quece, porque si sabemos integrar nuestras diferencias, encontraremos mayores espacios de solidaridad, comprensión y tolerancia –no sólo a niveles personales, sino también culturales- que hacen de la convivencia una experiencia de satisfacción y crecimiento. Es necesario que los estudiantes se formen en actitudes que fortalezcan la paz como un modo de actuar cotidiano, acogiendo lo diferente, para lo que es necesario proponer estrategias que permitan experiencias donde, reconociendo la identidad personal y cultural, cada uno aporte al conjunto lo mejor que tiene, en busca del bien común, de aquello que beneficia a todos. Qué implica una educación para la paz. Una educación para la paz no puede olvidar una educación en valores, ya que está anclada en ellos; una educación que desarrolle comportamientos y actitudes relativas a la autoestima y a la identidad y estima de la propia cultura y además, a la valoración y aprecio, no sólo de la otra persona, sino también de las otras culturas con las que compartimos la vida a diario. Para que todos y todas podamos disfrutar de los recursos intelectuales y materiales, es necesario crear un ambiente de tolerancia, de solidaridad, de paz, ambiente en el que el estudiante tenga la libertad de optar por aquello que le ayuda a ser más y cooperar con los otros, en la construcción de un mundo donde cada uno tenga su lugar, la paz, la justicia, la espe- ranza en un mundo más armonioso, se construye entre todos, son bienes colectivos que estamos llamados a cuidar. Hoy, se hace urgente superar situaciones de violencia, se hace imperiosa una convivencia armoniosa e intercultural, basada en la aceptación de las diferencias y en un compromiso con la justicia social. Por todo esto, es necesario ayudar a tomar conciencia de las posibilidades propias, de la importancia del trabajo en equipo, del desarrollo de un pensamiento crítico, del compromiso por la justicia y el respeto por la vida; aspectos que no pueden quedar ajenos a una labor educativa si queremos la construc19 DDHH Juntos ción de un mundo más humano, donde la persona se sienta acogida y valorada. Por último, una educación para la paz, supone dar oportunidades, a los estudiantes, para aprender a resolver conflictos, porque construir un mundo en el que cada persona pueda ser lo que está llamada a ser no es nada fácil y se verá involucrada en un sin fin de situaciones conflictivas que deberá superar, ya sea individualmente o junto con otras personas; el mundo actual y el del futuro le exigen que está preparado para una convivencia pacífica, no violenta, no agresiva. El rol del educador/a Para llevara adelante el proceso educativo del niño, la niña y adolescente, el profesor/a ha de cumplir un rol muy especial y al mismo tiempo exigente, porque ha de cuidar, en primer lugar, su coherencia de vida, las actitudes no se enseñan con palabras, sino con actitudes concretas, cuántas veces nuestros discursos se hacen contradictorios con nuestra manera de obrar. Para acompañar al alumno en su desarrollo, el profesor/a tiene que cumplir un rol que le permita cuestionar aquello que está haciendo en su labor educativa, es decir, las consecuencias de su trabajo en el aula, en la escuela, en la sociedad. 20 DDHH Juntos Su labor no consiste en repetir lo que la sociedad considera inamovible, intocable, y transmitir “los bienes culturales”, sino en ayudar a sus alumnos/as a preguntarse por la realidad social, por las estructuras y las injusticias, y también a reflexionar sobre cómo se pueden proponer cambios que conduzcan a mejores niveles de vida. El educador/a, por tanto, debe ser “promotor del conocimiento, capaz de autoformarse, conocedor de su historia y de la historia desde una perspectiva crítica, capaz de humanizar la realidad”, (1) de reconocer sus errores cuando los comete, capaz de “escuchar y comunicar”, creador/a de ambientes de paz, de serenidad, de acogida de lo diferente, de tolerancia, de respeto entre todos los que forman la comunidad educativa, capaz de impulsar una vida democrática en el ambiente escolar, en suma, “un agente de transformación social”. Todo esto nos exige repensar las estrategias, actividades, técnicas que solemos utilizar en nuestra labor de aula y en la escuela en su conjunto, no podemos continuar con la repetición y la memoria como únicas formas de enseñar, urge el proponer trabajos en equipo, el aprendizaje cooperativo ayuda a la reflexión, a saber escuchar y a formular argumentos válidos para la resolución de proble- mas; para utilizar el diálogo como forma de compartir conocimientos y experiencias, como una manera de reconocer los puntos de vista diferentes y saber armonizarlos, como puente en la resolución de conflictos, como un medio para compartir nuestras cosmovisiones y vivenciar una realidad intercultural. La labor del educador/a debe apuntar a estimular el pensamiento divergente creando ambientes de espontaneidad, donde le estudiante tenga la oportunidad de expresar aquello que experi- menta, que piensa, sin sentirse juzgado o “evaluado”; que pueda ejercer su derechos a expresarse, a comprometerse, a disentir.Utilizar la dramatización, el teatro, el dibujo, el análisis de casos, la indagación, donde el alumno/a perciba situaciones de la realidad que pueda juzgarlas, buscarles soluciones y hacer propuestas que mejoren la convivencia, la tolerancia, la solidaridad, que incentiven en él/ella y en el grupo la esperanza, y creen una cultura de paz 21 DDHH Juntos