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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 0,8 CDP 27 de Maio 2006 Auditório Alexandre Pessoa Vaz Universidade Lusófona - Campo Grande, 376 Livro do Simpósio Indíce Comissão de Honra e Científica _____________________________________________________ 2 Creditação ______________________________________________________________________ 4 Apresentação ____________________________________________________________________ 5 Programa _______________________________________________________________________ 6 Resumos das comunicações orais ___________________________________________________ 8 Comunicações em cartazes (posters) ________________________________________________ 48 Patrocinadores e outros apoios _____________________________________________________ 64 Conclusões do simpósio __________________________________________________________ 65 Lista de participantes _____________________________________________________________ 69 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Comissão de Honra e Científica Comissão de honra: Ministro da Saúde (António Correia de Campos) Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (José Aranda da Silva) Presidente do Conselho de Administração do INFARMED (Vasco de Jesus Maria) Vice-Presidente do Conselho de Administração do INFARMED (Hélder Mota Filipe) Comissão científica: Alina de las Mercedes (Universidad de Oriente, Santiago de Cuba, Cuba) Amílcar Roberto (Universidade Lusófona-Portugal) Ana Paula Martins (Universidade de Lisboa-Portugal) Berta Lasheras (Universidad de Navarra) Carlos Sinogas (Universidade de Évora-Portugal) Cassyano J. Correr (Centro Universitário Positivo – UnicenP-Brasil) Fernando Fernández-Martínez (Universidad de Granada-Espanha) Francisco Martinez Romero (Espanha) Isabel Vitória Neves de Figueiredo Santos Pereira (Universidade de Coimbra-Portugal) Jorge Gonçalves (Universidade do Porto-Portugal) José Cabrita (Universidade de Lisboa-Portugal) Manuel Machuca (Universidade de Sevilha-Espanha) Margarida Caramona (Universidade de Coimbra-Portugal) Maria Antonia Mangues (Serviços Farmacêuticos do Hospital San Pau-Espanha) Maria José Faús (Universidade de Granada-Espanha) Mauro Castro (Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil) Miguel Ángel Gastelurrutia Garalda (GIAF-UGR - Universidade de Granada-Espanha) Nancy Solá Uthurry (Espanha) Noémia Liege Maria Bernardo Bueno (Universidade do Vale do Itajaí-Brasil) Pedro Amores da Silva (Universidade Lusófona-Portugal) Comissão Organizadora: Paula Iglésias (GICUF-ULHT) Henrique J. Santos (GICUF-ULHT) Departamento das Ciências da Saúde da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (DCS-ULHT) 2 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Secretariado e Informações Os pedidos de informação devem ser dirigidos a ALIES – GICUF Secretariado A/c de Dra. Paula Almeida Departamento de Ciências da Saúde, ULHT Campo Grande 376, 1749-024 Lisboa ℡: (+351) 21 7515550 (+351) 21 7515598 e-mail: sec.dcs@ulusofona.pt www.dcs.ulusofona.pt Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 3 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Creditação Creditado pela Ordem dos Farmacêuticos com 0.8 CDP. 0.8 CDP Os alunos integrados no Programa de Actualização em Cuidados Farmacêuticos podem requerer ECTS pela participação no simpósio à Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. 4 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Apresentação Caros colegas, Desde a conceptualização do termo “Cuidados Farmacêuticos” muitas estratégias, muitas oportunidades e muitas responsabilidades foram assumidas para investigar, desenvolver e implementar esta nova prática farmacêutica na Península Ibérica. Actualmente sabe-se que os Cuidados Farmacêuticos são úteis e benéficos para os doentes, os farmacêuticos e todos os profissionais de saúde, uma vez que demonstraram contribuir para o aumento de ganhos em saúde e para a diminuição da morbi-mortalidade relacionada com os medicamentos. O contexto ibérico contribuiu decisivamente para o clima de entendimento e de colaboração estreita estabelecido entre diversos profissionais e instituições, publicas e privadas, de ambos os países, movidos pelo objectivo primordial de adaptar a prática farmacêutica aos novos desafios colocados pela crescente focagem no doente, na sua saúde, segurança e bem-estar. Este I Simpósio pretende constituir um fórum de reflexão e de avaliação das iniciativas de âmbito nacional e ibérico, entretanto estabelecidas e, apontar em conjunto, as linhas de desenvolvimento esperadas para os próximos anos, não apenas no contexto ibérico mas também no mais amplo espaço europeu e lusófono, para a consolidação efectiva desta prática profissional. A Universidade Lusófona através do Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona, felicita todos os farmacêuticos, alunos, professores e investigadores presentes interessados em cuidados farmacêuticos pela participação no I Simpósio Lusófono/I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos que vai decorrer no dia 27 de Maio de 2006 em Lisboa. A Comissão Organizadora. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 5 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Programa 08h30m – Entrega da documentação. 09h00 – 09h30 - Sessão de Abertura • Ministro da Saúde • Reitor da Universidade Lusófona e Administrador da Universidade Lusófona • Administração da COFAC • Direcção da ALIES/Dep.Ciências da Saúde • Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos • GICUF-ULHT • GIAF-UGR 09h30 – 11h00 - Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação. Mesa 1 Moderador: Henrique J. Santos Facilitador: Amílcar Roberto • Cuidados Farmacêuticos em Espanha (Maria José Faús, Universidade de Granada, Espanha) • Cuidados Farmacêuticos em Portugal (Helena Martinho, Ordem dos Farmacêuticos, Portugal) • Cuidados Farmacêuticos no espaço lusófono (João Silveira, Associação dos Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa) 11h00 – 11h30 - Pausa para café com visita aos posters. 11h30 – 13h00 – Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários Mesa 2 Moderador: Paula Iglésias Facilitador: Inês Brito 6 • Barreiras e facilitadores na implementação dos Programas de Cuidados Farmacêuticos (PCF) (Suzete Costa, Associação Nacional das Farmácias, Portugal) • Experiência de uma farmacêutica comunitária em Portugal (Marina Pinto Leal, Farmácia Serrano, Portugal) • Implementação de um programa de seguimento farmacoterapêutico a doentes diabéticos (Diogo Pilger, Universidade de Granada, Espanha) • Experiência de um centro de informação de medicamentos no apoio à prática do seguimento farmacoterapêutico (Ana Cristina Rama, SIMED – Hospitais da Universidade de Coimbra, Portugal) Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos 13h00 – 14h30 – Almoço de trabalho 14h30 – 16h00 - Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares Mesa 3 Moderador: Fátima Falcão Facilitador: Teresa Aires Pereira • Problemas relacionados com medicamentos na urgência hospitalar (Maria Isabel Baena Parejo, Delegada Provincial de Saúde de Córdova) • Viragem para os resultados clínicos na prática hospitalar (Laura Tuneu, Hospital Sant Pau, Espanha) • Experiência clínica nos serviços farmacêuticos (Nadine Ribeiro, Hospital S. Francisco Xavier, Portugal) • Resultados do seguimento farmacoterapêutico no âmbito hospitalar com o método Dáder adaptado ao doente internado (Martha Milena Silva Castro, GIAF- Universidade de Granada, Espanha) 16h00 – 16h30 – Pausa para café 16h30 – 17h45 – Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade. Mesa 4 Moderador: Margarida Caramona Facilitador: Carlos Sinogas • A responsabilidade de uma organização farmacêutica supranacional para implementar Cuidados Farmacêuticos (Ema Paulino, Federação Internacional de Farmácia, Secção de Farmácia Comunitária). • O apoio dos Colégios Oficiais de Farmacêuticos em Espanha para implementar Cuidados Farmacêuticos (Cecílio Venegas, Colégio Oficial de Farmacéuticos de Badajoz, Espanha) • A investigação e o ensino em Cuidados Farmacêuticos em Portugal (Paula Iglésias, GICUFUniversidade Lusófona, Portugal) 17h45 – 18h00 – Entrega de prémios • Entrega do prémio melhor poster • Entrega do prémio de investigação “GICUF” 2005. 18h00 – 18h30 – Sessão de encerramento 18h30 – Fim dos trabalhos 20h30m – Jantar de encerramento Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 7 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Resumos das comunicações orais 8 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação Moderador: Henrique J. Santos Facilitador: Amílcar Roberto • Cuidados Farmacêuticos em Espanha (Maria José Faús, Universidade de Granada, Espanha) • Cuidados Farmacêuticos em Portugal (Helena Martinho, Ordem dos Farmacêuticos, Portugal) • Cuidados Farmacêuticos no espaço lusófono (João Silveira, Associação dos Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa) Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 9 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação Amilcar E. R. Roberto Curriculum resumido Doutorado em Toxicologia pela Universidade de Uppsala 2001 Professor Associado na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia 1995-1996 Consultor do Programa dos Medicamentos Essenciais da OMS junto do Ministério da Saúde de Angola 1982 Suécia Investigador Convidado da Divisão de Toxicologia da Universidade de Uppsala, 1978-1981 Consultor do Ministério da Saúde de Moçambique ao abrigo dos Acordos Bilaterais de Cooperação 1975-1978 Assistente da Faculdade de Farmácia de Lisboa 1972-1974 Bolseiro do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge Coordenador das disciplinas de Farmacognosia, Toxicologia e Farmacotoxicologia da Licenciatura em Ciências Farmacêuticas da ULHT. Vice-presidente da Comissão de Ética do Departamento de Ciências da Saúde da ULHT 10 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação Cuidados Farmacêuticos em Espanha Maria José Faus Dader Curriculum resumido TÍTULOS ACADÉMICOS Doctora en Farmacia. Universidad de Granada. 1976 Diplomada en Análisis Clínicos. Universidad de Granada. 1977 Farmacéutica Especialista en Bioquímica Clínica. 1987 Académica Numeraria de la Academia Iberoamericana de Farmacia. 1990 Máster en Administración y Dirección de Empresas ESNA-CDD.1991 Diplomada en Pharmaceutical Care. University of Minnesota. 1999 ACTIVIDAD PROFESIONAL Profesora Titular de Bioquímica y Biología Molecular. Universidad de Granada Profesora de Bioquímica Clínica de la Escuela de Análisis Clínicos. Universidad de Granada Profesora de Bioquímica de la Nutrición del Instituto de Nutrición y Tecnología de Alimentos. Universidad de Granada Directora del Máster en Atención Farmacéutica. Universidad de Granada Coordinadora Científica del Máster en Atención Farmacéutica Comunitaria. Universidad de Valencia Coordinadora Científica del Máster en Farmacia Asistencial. Universidad de Valencia CARGOS ACADÉMICOS Vicedecana de Ordenación Académica. Facultad de Farmacia. Universidad de Granada. 1985 - 1988 Directora del Secretariado de Centros y Departamentos. Universidad de Granada. 1988-1989 Decana de la Facultad de Farmacia. Universidad de Granada. 1989-1997 Presidenta de la Academia Iberoamericana de Farmacia. 1992 Directora de la Fundación Empresa-Universidad de Granada. 2000 ACTIVIDAD DOCENTE Profesora de Bioquímica y Biología Molecular de la Licenciatura de Farmacia. Universidad de Granada Profesora en diversos cursos de Doctorado en Bioquímica y Bioquímica Molecular y Farmacia Asistencial Directora de diversos cursos de Postgrado en Atención Farmacéutica Profesora en diversos Máster (Nutrición y Bromatología, Medio Ambiente y Atención Farmacéutica y Farmacia Asistencial) Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 11 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação Cuidados Farmacêuticos em Espanha Maria José Faus Dader Resumo da comunicação Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica. Universidad de Granada La Atención Farmacéutica (Cuidados Farmacêuticos) está definida en España desde el año 2001, como el conjunto de servicios farmacéuticos centrados en el paciente, con el objetivo de conseguir a que sus medicamentos sean efectivos y seguros. De todos estos servicios, el realmente innovador es el de Seguimiento Farmacoterapéutico, el cual ha sido desarrollado por el Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica de la Universidad de Granada, en 1.999 a través del Método Dáder, el cual se ha adaptado a los diferentes tipos de pacientes y a los diferentes niveles asistenciales. En base a él se ha creado el Programa Dáder de Seguimiento Farmacoterapéutico, cuyos objetivos son formativos, investigadores y asistenciales. Este Programa está implantado en España, Portugal y toda una serie de países iberoamericanos. Actualmente en España se está trabajando en un Foro de Atención Farmacéutica, convocado por el Consejo General de Colegios Oficiales de Farmacéuticos, donde participan la Administración sanitaria y diversos grupos científicos y profesionales especializados en Atención Farmacéutica. El Método Dáder será evaluado en este Foro y esperamos que sea incorporado al documento final que se va a elaborar, como recomendación metodológica para realizar Seguimiento Farmacotarapéutico en nuestro país. Este hecho, y los propios datos que el Programa Dáder ha ido proporcionando en sus 6 años de funcionamiento, van a permitir diseñar una segunda etapa del mismo, para conseguir una universalización del servicio de Seguimiento Farmacoterapéutico. En esta segunda etapa, se va a potenciar el carácter formativo del programa Dáder, y se van a facilitar procedimientos para el registro de los resultados con fines de estudios epidemiológicos. Finalmente el Método Dáder se está utilizando en diversos proyectos de investigación, entre los que destaca un estudio en fase de realización, sobre el Efecto del Método Dáder de Seguimiento Farmacoterapéutico en el riesgo cardiovascular (RCV) de pacientes ambulatorios (EMDADER-CV). Se trata de un estudio clínico aleatorio, en 50 farmacias comunitarias españolas, sobre un total de 1.000 pacientes (500 grupo control y 500 grupo intervención), que tengan un RCV alto o moderado, a lo largo de 8 meses de Seguimiento Farmacoterapéutico. El objeto de todas estas acciones realizadas desde la Universidad de Granada, es contribuir a que el Seguimiento Farmacoterapéutico sea una tecnología sanitaria accesible a todos los pacientes que necesiten ayuda para conseguir el máximo beneficio de los medicamentos que utilizan. 12 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação Cuidados Farmacêuticos em Portugal Helena Martinho Curriculum resumido Licenciada em Farmácia pela Faculdade da Universidade de Lisboa Assistente em Química Orgânica – Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (1974-1977). Farmacêutica Hospitalar - Hospital Distrital de Santarém (1977-1991) Título de Especialista em Farmácia Hospitalar pela Ordem dos Farmacêuticos Exercício profissional em Farmácia de Oficina – Proprietária e Directora Técnica da Farmácia Central de Almeirim desde 1991 Membro e monitor do grupo das Boas Práticas de Farmácia Membro da Direcção da Secção Regional de Lisboa no triénio 2001-2004 Membro da Direcção da Secção Regional de Lisboa para o triénio 2004-2007 Presidente do Grupo Profissional de Farmácia de Oficina desde final de 2004 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 13 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação Cuidados Farmacêuticos em Portugal Helena Martinho Resumo da Comunicação A implementação de Sistemas de Gestão de Qualidade baseados nos normativos de Qualidade Internacional reconhecidos, como são os de âmbito geral (Norma ISO 9001:2000) e os específicos da profissão Farmacêutica (Boas Práticas de Farmácia), conduziram em 2001 ao desenvolvimento e expansão da filosofia dos Cuidados Farmacêuticos e Seguimento Farmacoterapêutico. Estes programas foram desenvolvidos centrando-se no doente, tendo como pilar o Acto Farmacêutico e correspondendo a elevados padrões de qualidade nos serviços prestados. Até ao final de 2005 as Farmácias aderentes e em processo de Certificação, correspondiam a 184 e encontravam-se já 35 Farmácias duplamente Certificadas. Os Farmacêuticos, no Espaço de Saúde Farmácia, colocaram deste modo a sua formação prégraduado, com forte peso na área do medicamento, e a sua formação estruturada e contínua ao longo da vida, ao serviço do doente e da sociedade. O valor da Intervenção Farmacêutica, que se traduz em ganhos em saúde para o doente, constituiu recentemente referência no relatório do Protocolo da Diabetes elaborado pela Direcção Geral de Saúde, constituindo-se como uma realidade reconhecida. A qualidade dos Serviços, diferenciados, prestados no âmbito dos Cuidados Farmacêuticos constitui uma prioridade para os Farmacêuticos Comunitários Portugueses que, com todo o rigor, seguem a terapêutica farmacológica na prevenção, detecção e resolução de Problemas Relacionados com Medicamentos, em colaboração com os diversos profissionais de saúde envolvidos, contribuindo, desta forma, para a melhoria da qualidade de vida e ganhos em saúde dos doentes. 14 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação Cuidados Farmacêuticos no espaço lusófono João Gonçalves da Silveira Curriculum resumido TÍTULOS ACADÉMICOS Licenciado em Farmácia pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. ACTIVIDADE PROFESIONAL Presidente do Conselho para a Cooperação Farmacêutica da Ordem dos Farmacêuticos. Presidente da Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP). Membro do Conselho Consultivo da Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA. Vice – Presidente da ANF (Associação Nacional das Farmácias). Vice – Presidente da Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP). Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 15 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários Moderador: Paula Iglésias Facilitador: Inês Brito 16 • Barreiras e facilitadores na implementação dos Programas de Cuidados Farmacêuticos (PCF) (Suzete Costa, Associação Nacional das Farmácias, Portugal) • Experiência de uma farmacêutica comunitária em Portugal (Marina Pinto Leal, Farmácia Serrano, Portugal) • Implementação de um programa de seguimento farmacoterapêutico a doentes diabéticos (Diogo Pilger, Universidade de Granada, Espanha) • Experiência de um centro de informação de medicamentos no apoio à prática do seguimento farmacoterapêutico (Ana Cristina Rama, SIMED – Hospitais da Universidade de Coimbra, Portugal) Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários Maria Inês dos Santos Brito Curriculum resumido Data de Nascimento: 04 de Fevereiro de 1977 Nacionalidade: Portuguesa Morada: R. Dos Correeiros, n.º 123 3.º dto, 1100-163 Lisboa Telefone: 96 5186490 E-mail: brito_ines@yahoo.com Local de trabalho: Farmácia Internacional, Lda Rua do Ouro, n.º 228-230, 1100-065 Lisboa Tel: 213241360 E-mail: farminternacional@yahoo.com Formação Académica 10/2005 a 11/2005 Universidade Lusófona- Departamento de Ciências da Saúde Formação Pós-Graduada em Seguimento Farmacoterapêutico (Cuidados Farmacêuticos) 03/2004 a 12/2004 Universidade Católica Portuguesa- Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Formação Pós-Graduada em Gestão Avançada para Farmacêuticos (PAGEF) 10/1995 a 01/2001 Universidade Clássica de Lisboa- Faculdade de Farmácia Licenciatura em Ciências Farmacêuticas Experiência Profissional Desde 02/2006 Implementação de um programa de Seguimento Farmacoterapêutico a doentes diabéticos na farmácia, coordenado pelo Dr. Diogo Pilger. Desde 04/2001 Directora-Técnica da Farmácia Internacional em Lisboa. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 17 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários Experiência de uma farmacêutica comunitária em Portugal Marina dos Santos Pinto Leal Curriculum resumido IDENTIFICAÇÃO Morada: Rua Miguel Leitão Andrada, lote 5-3200-227 Lousã Contacto: Telef: 239993792/ Telemóvel: 917818841/Fax:239995390/email:marinaleal@hotmail.com Data de Nascimento: 7 de Março de 1967 Nacionalidade: Portuguesa Bilhete de Identidade: Nº7744000 do Arq. de Coimbra Cartão de Contribuinte: Nº191038563 da Rep. de Finanças da Lousã. Carteira Profissional nº9158- Sócia da Ordem dos Farmacêuticos Nº C-1466. FORMAÇÃO ACADÉMICA: Licenciatura em Ciências Farmacêuticas Ramo A-Farmácia de Oficina, 1986/1992 pela Universidade de Lisboa -Faculdade de Farmácia, com informação final de Bom (Dezasseis valores). LINGUAS: Inglês e Francês FORMAÇÃO COMPLEMANTAR (principais acções): Curso de Auditoria da Qualidade, Cequal em 2002; Pós-Graduação em Cuidados Farmacêuticos-Seguimento Farmacoterapêutico, pela Universidade Lusófona de Lisboa em 2003. QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS: Directora Técnica da Farmácia Serrano na Lousã desde 1992, responsável pela implementação do Sistema de Gestão da Qualidade nesta farmácia no ano de 2002. Membro da Comissão de Gestão da Qualidade da Farmácia Serrano. 18 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários Experiência de uma farmacêutica comunitária em Portugal Marina Pinto Leal Resumo da Comunicação Introdução: Entende-se por Cuidados Farmacêuticos a participação activa do farmacêutico na dispensa dos medicamentos e no acompanhamento do efeito farmacológico dos mesmos. Actualmente os Cuidados Farmacêuticos já deixaram de ser um conceito teórico para passar a fazer parte dos serviços funcionais de muitas farmácias de oficina. No entanto, a pratica generalizada deste serviço é um objectivo ambicioso e a longo prazo, onde a velocidade, tanto de implementação como de desenvolvimento é muito lenta. Objectivo: Esta exposição pretende dar a conhecer as diversas técnicas que compõem a estratégia de implementação de um serviço de Cuidados Farmacêuticos numa farmácia de oficina do ponto de vista prático. Para isso foram classificados os recursos necessários que permitem incorporar eficazmente este serviço, na estrutura da farmácia de oficina. Requisitos: Os requisitos necessários para implementar um serviço se qualidade são classificados como requisitos técnicos, ambientais, pessoais e organizativos. Os requisitos técnicos abarcam aquelas adaptações quem se devem realizar no local da farmácia para desenvolver esta actividade; os ambientais aludem ao clima mais favorável para realizar o contacto com o doente, os pessoais afectam a dimensão humana, recursos e comportamento que supõem a pratica dos Cuidados Farmacêuticos; os requisitos organizativos incluem uma série de técnicas que são importantes para por em marcha este serviço sanitário. Conclusão: Os Cuidados Farmacêuticos como actividade da farmácia devem estar englobados num processo de melhoria contínua, o que significa que como qualquer processo se deve consolidar com o tempo. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 19 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários Implementação de um programa de seguimento farmacoterapêutico a doentes diabéticos Diogo Pilger Curriculum resumido Data de Nascimento: 16 de Setembro de 1976 Contatos: Morada: Azinhaga dos Besouros Lote R8 1675-101 – Pontinha Telefones: 913 650 047 / 214 782 370 E-mail: diopilger@hotmail.com N.º Passaporte: CP 962075 Nacionalidade: Brasileira Formação Profissional Licenciatura Curso: Farmácia Instituição: Faculdade de Farmácia – Universidade Federal do Rio Grande do Sul Local: Porto Alegre – Brasil Período: 1997 - 2002 Mestrado Curso: Epidemiologia Instituição: Faculdade de Medicina – Universidade Federal do Rio Grande do Sul Local: Porto Alegre – Brasil Período: 2003 – 2004 Doutorado – em curso Curso: Farmácia Asistencial Instituição: Facultad de Farmacia - Universidad de Granada Local: Granada – Espanha Início: 2004 Bolsa de auxílio: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil 20 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários Implementação de um programa de seguimento farmacoterapêutico a doentes diabéticos Diogo Pilger Resumo da Comunicação As doenças crónicas têm adquirido uma importância maior a cada dia na rotina dos profissionais da saúde. Os cuidados farmacêuticos, empregando o seguimento farmacoterapêutico, vão de encontro com as necessidades relacionadas com os medicamentos que o doente tem, tentando obter o máximo de benefícios destes no manejo da doença. As evidências científicas dos resultados que avaliam os benefícios dos cuidados farmacêuticos no controlo de diversas doenças não são unânimes. Isto justificou a necessidade de se elaborar um ensaio clínico randomizado avaliando o seguimento farmacoterapêutico em doentes diabéticos. Tradicionalmente, as actividades das farmácias podem se dividir em três tipos de actividades: específicas, de projecto e de rotina. A grande maioria da investigação sobre esta prática clínica diferenciada, que é o seguimento farmacoterapêutico, aborda este serviço como uma actividade de projecto e não como uma actividade de rotina. Entre outras razões isto explica-se porque é um serviço novo e relativamente recente e por este serviço não ser uma actividade generalizada mas sim pontual no contexto actual da prática farmacêutica. Foram seleccionadas 10 farmácias em Portugal para realizar este estudo. O estudo está a decorrer neste momento e cada doente será avaliado durante um ano. Todos os farmacêuticos envolvidos no projecto já possuem o curso de pós-graduação em seguimento farmacoterapêutico. Entre outros objectivos deste projecto destaca-se, nesta apresentação, o processo de implementação e os apoios necessários para a manutenção do seguimento farmacoterapêutico, tornando-o numa actividade de rotina prestada nas farmácias aos seus doentes e não sendo apenas uma actividade de projecto. Para implementar o projecto realizou-se a formação das equipes nas farmácias. Esta formação foi sobre aspectos relacionados com a doença, tratamento farmacológico e não farmacológico, medição de parâmetros clínicos e utilização correcta dos aparelhos, educação para a saúde na diabetes e o papel do farmacêutico na intervenção de diferentes aspectos da doença. O detalhamento de estudo e simulações no uso dos instrumentos de colecta de dados e aparelhos também foram abordados. Numa etapa seguinte de formação sessões clínicas para discussão de casos e educação para a saúde foram realizadas em encontros com todos os farmacêuticos participantes do projecto. A etapa de implementação promoveu ainda mudanças em relação a estrutura e o processo de atendimento dos utentes nas farmácias. A manutenção do seguimento farmacoterapêutico, neste projecto, conta com a participação da equipe coordenadora para identificar e solucionar as dificuldades e barreiras num prazo curto. A estratégia empregada para isto são os contactos constantes por meio de telefonemas, visitas regulares nas farmácias e sessões clínicas para discussão de casos. Esta nova abordagem juntamente com as sessões clínicas periódicas com todos os farmacêuticos são ferramenta fundamental tanto para a formação, motivação e intercâmbio de experiências entre os farmacêuticos além de permitir a padronização de procedimentos clínicos e planos de actuação nos doentes. A participação das farmácias e dos farmacêuticos em projectos de investigação, apoiados e acompanhados por uma equipe coordenadora, pode contribuir de um modo mais efectivo para a implementação sustentada e a manutenção numa perspectiva de melhoria contínua desta nova prática clínica diferenciada do farmacêutico, que é o seguimento farmacoterapêutico. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 21 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários Experiência de um centro de informação de medicamentos no apoio à prática do seguimento farmacoterapêutico Ana Cristina da Costa Ribeiro Rama Curriculum resumido ana-rama@simed.org. SIMed. Serv. Farmac. H.U.C. Apartado 9044. 3001-301 Coimbra. Habilitações Académicas/Actividade Docente Licenciada em Ciências Farmacêuticas, Universidade Coimbra. Mestre em Tecnologias do Medicamento. Faculdade Farmácia Universidade Coimbra. Doutoranda de Farmacologia na área da Informação de Medicamentos. Faculdades Farmácias das Universidades de Coimbra e de Granada. Lecciona a disciplina de Farmácia Hospitalar na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra desde 1990, sendo Assistente Convidada além do quadro desde 1992. Lecciona as disciplinas de Informação de Medicamentos I e II na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto desde 2005, sendo Assistente Convidada. Responsável pela criação e desenvolvimento do Serviço de Informação de Medicamentos e Gravidez - SIMeG, viabilizado pela Direcção Geral de Saúde (PIDDAC/98) até 2001. Responsável pela área do medicamento no Projecto de Cooperação entre Portugal e S. Tomé e Príncipe, desde Outubro de 1996 a Dezembro de 1999, para organização e gestão dos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar de S. Tomé e para formação de profissionais. Responsável pela criação e desenvolvimento do Serviço de Informação de Medicamentos - SIMed, viabilizado no Âmbito do Projecto Fazer Melhor em Saúde (PIDDAC/99). Lecciona a disciplina de Farmácia Hospitalar na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra desde 1990, sendo Assistente Convidada além do quadro desde 1992. Lecciona as disciplinas de Informação de Medicamentos I e II na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto desde 2005, sendo Assistente Convidada. Responsável pela criação e desenvolvimento do Serviço de Informação de Medicamentos e Gravidez SIMeG, viabilizado pela Direcção Geral de Saúde (PIDDAC/98) até 2001. Responsável pela área do medicamento no Projecto de Cooperação entre Portugal e S. Tomé e Príncipe, desde Outubro de 1996 a Dezembro de 1999, para organização e gestão dos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar de S. Tomé e para formação de profissionais. ACTIVIDADE PROFISSIONAL Responsável pela criação e desenvolvimento do Serviço de Informação de Medicamentos - SIMed, viabilizado no Âmbito do Projecto Membro Conselho Consultivo Comité Científico Associação Europeia Farmacêuticos Hospitalares desde 1999. 22 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários Experiência de um centro de informação de medicamentos no apoio à prática do seguimento farmacoterapêutico Ana Cristina da Costa Ribeiro Rama Resumo da Comunicação No actual contexto de uma “cultura de segurança”, o farmacêutico tem um papel importante junto dos profissionais de saúde e dos doentes. A evolução do conceito de “clinical pharmacy” e “pharmaceutical care” desde os anos 60, acompanha a necessidade, cada vez mais premente, de intervir de uma forma sustentada e metodologicamente válida, nos problemas de saúde causados por falta de segurança e efectividade dos medicamentos, os quais aumentam os riscos de morbilidade e mortalidade. O farmacêutico deverá ter competências que lhe permitam aplicar conhecimentos teóricos e métodos de pesquisa, na resolução de casos orientados para problemas concretos de situações clínicas da vida real. Permitindo, deste modo, a avaliação da efectividade orientada para o doente ou para a doença no seguimento farmacoterapêutico, através de uma apreciação crítica da literatura científica e da comunicação efectiva da informação de medicamentos aos profissionais de saúde, ao doente e ao consumidor em geral. O “Ciclo da Informação Baseada na Evidência” envolve: Avaliar, os problemas clínicos ou de politica de medicamentos e identificar os pontos-chave; Perguntar, questões bem construídas que possam ser respondidas usando recursos baseados na evidência; Obter, evidência usando recursos seleccionados, previamente analisados; Analisar, a validade, importância e aplicabilidade da evidência que foi obtida; Aplicar, a evidência aos problemas de política ou de situação clínica. A estratégia geral da abordagem da resposta a pedidos de informação clínica com metodologia baseada na evidência abrange os seguintes passos: Identificar o problema; definir e focalizar a questão (situação, intervenção, possíveis comparadores e resultados esperados); seleccionar o recurso bibliográfico mais provável; desenhar a estratégia de pesquisa e utilizar filtros qualitativos; avaliar, analisar e sintetizar a evidência; aplicar a evidência à situação clínica em estudo; elaborar uma resposta. O processo de avaliação da qualidade da literatura seleccionada compreende os seguintes passos: 1.º Identificação da categoria clínica da questão do artigo em análise: diagnóstico, prognóstico, terapêutica, prevenção, etiologia, …; 2.º Saber de que tipo de estudo se trata: investigação primária (estudo experimental, ensaio clínico aleatorizado, outros ensaios clínicos controlados, estudos de coorte, estudo de caso-controlo, …) ou secundária (revisão sistemática, meta-análise, …). 3.º Analisar os resultados do estudo nas seguintes dimensões de qualidade: Os resultados do estudo são válidos? (Validade); Quais são os resultados? (Importância); Os resultados poderão ser úteis nos cuidados ao doente em causa? (Aplicabilidade). Como parte da experiência do SIMed, analisa-se a intervenção em 15 casos clínicos de seguimento farmacoterapêutico aleatóriamente seleccionados. Caracterizam-se os pedidos nos seguintes parâmetros: classificação do assunto; identificação do(s) medicamento(s) suspeitos e do(s) problema(s) de saúde; tipo de PRM; possível associação Medicamento – Problema de saúde. Avaliase a percentagem de utilização das fontes de informação consultadas para os 15 casos. Nesta problemática da Informação sobre Medicamentos, não nos podemos alhear do facto do doente constituir a nossa referência central. Desta forma, todos temos o dever de intervir no “Fluxo de Informação”, para a “Maximização da Efectividade e Segurança” desta ferramenta terapêutica que é o medicamento! Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 23 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares Moderador: Fátima Falcão Facilitador: Teresa Aires Pereira 24 • Problemas relacionados com medicamentos na urgência hospitalar (Maria Isabel Baena Parejo, Delegada Provincial de Saúde de Córdova) • Viragem para os resultados clínicos na prática hospitalar (Laura Tuneu, Hospital Sant Pau, Espanha) • Experiência clínica nos serviços farmacêuticos (Nadine Ribeiro, Hospital S. Francisco Xavier, Portugal) • Resultados do seguimento farmacoterapêutico no âmbito hospitalar com o método Dáder adaptado ao doente internado (Martha Milena Silva Castro, GIAF- Universidade de Granada, Espanha) Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares Maria Teresa de Sampaio Antas Botelho Aires Pereira Curriculum resumido Licenciada em Farmácia pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto em 1982. Inscrita na Ordem com o número: 7805 Especialista em Farmácia Hospitalar, título atribuído do pela Ordem dos Farmacêuticos a 9 de Fevereiro de 1995. Experiência profissional em Farmácia Hospitalar de 23 anos, nomeadamente no Hospital de S. João do Porto (dois anos), S. Francisco Xavier em Lisboa (dezassete anos) e Hospital Cuf Descobertas (quatro anos). Integrou o Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar durante os triénios 1997/99 e 1999/2001. Colabora com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, como docente convidada, nos mestrados de Farmácia Hospitalar, na cadeira de Gestão de Serviços Farmacêuticos. Colabora com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, na organização disciplina de Oncologia do mestrado de Farmácia Hospitalar. Pertence à Comissão Consultiva dos Estágios de Pré-Licenciatura em Ciências Farmacêuticas, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, como representante dos orientadores da Farmácia Hospitalar. Tem mais de 10 trabalhos publicados e mais de 20 comunicações orais e posters. Participou como formadora em mais de 10 cursos, integrou a Comissão Organizadora de três eventos um dos quais de âmbito europeu. Desde Setembro de 2003, assume a Direcção dos Serviços Farmacêuticos do Hospital Cuf Descobertas, serviço certificado pela Norma ISSO 9001, 2000, pela empresa certificadora, BSI (British Standart Institute). Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 25 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares Problemas relacionados com medicamentos na urgência hospitalar Maria Isabel Baena Parejo Curriculum resumido Doctora por la Universidad de Granada. 2003 Licenciada en Farmacia por la Universidad de Sevilla. 1985 Máster en Salud Pública y Gestión Sanitaria por la Universidad de Granada. Escuela Andaluza de Salud Pública 1992 Experto Universitario en Estadística y Epidemiología. por la Universidad de Granada. Escuela Andaluza de Salud Pública. En curso 2003-2004 Experto Universitario en Seguimiento farmacoterapéutico por la Universidad de Granada. En curso 2003-2004 Historial laboral Actualmente Delegada Provincial de la Consejería de Salud de la Junta de Andalucía en Córdoba. Coordinadora y Profesora del Master de Atención farmacéutica de la Universidad de Granada desde 2000. Responsable de Investigación Profesora colaboradora de la Escuela Andaluza de Salud Pública desde 1998 Otros méritos Miembro del Grupo de Investigación CTS131 de Atención Farmacéutica de la Universidad de Granada. Miembro del Comité Editorial de la revista cientifica "Seguimiento Farmacoterapéutico" Revisora de la Revista Farmacia Hospitalaria desde año 2005 Revisora convocatoria proyectos de investigación 2005. Fundación Progreso y Salud. Consejería de Salud de la Junta de Andalucía 26 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos - Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares Problemas relacionados com medicamentos na urgência hospitalar (PROBLEMAS DE SALUD RELACIONADOS CON LOS MEDICAMENTOS DETECTADOS EN UN SERVICIO DE URGENCIAS HOSPITALARIO. CARACTERÍSTICAS Y FACTORES ASOCIADOS) Mª Isabel Baena Resumo da Comunicação Los medicamentos son una de las herramientas más útiles en la lucha contra la enfermedad; de hecho, la evolución de la medicina en la prevención, el diagnóstico y el tratamiento de las mismas, va inevitablemente unida al desarrollo del medicamento. El interés por mejorar la calidad de la farmacoterapia en los sistemas sanitarios, ha propiciado el desarrollo creciente de políticas de uso racional de medicamentos, las cuales deben ser reforzadas con estudios que ofrezcan información sobre la efectividad y la seguridad de los tratamientos farmacológicos. Cuando se produce un fallo en la seguridad del medicamento que utiliza el paciente, aparece en éste un nuevo problema de salud consecuencia de una reacción adversa1. Cuando se produce un fallo en la efectividad de un tratamiento farmacológico, el problema de salud que sufre el paciente, sencillamente no se resuelve. En ambos casos se afecta negativamente la calidad de la práctica clínica. El conjunto de estos problemas de salud, cuyo origen es un fallo de la farmacoterapia, sea por inseguridad, sea por inefectividad, se conocen como problemas relacionados con los medicamentos (PRM). Un PRM es un problema de salud, entendido como resultado clínico negativo derivado de la farmacoterapia que, producidos por diversas causas, conducen a la no consecución del objetivo terapéutico, o a la aparición de efectos no deseados. Los resultados en salud son cambios en el estado de salud del paciente que pueden ser atribuidos al proceso de la atención sanitaria, sin embargo no siempre la relación es directa, un proceso correctamente aplicado con una estructura adecuada no tienen que derivar en un resultado positivo. La prescripción de medicamentos es un buen paradigma de esta falta de relación directa, posiblemente falte completar el análisis con el uso que de los medicamentos hace el paciente. En los últimos años el estudio de los PRM ha sido creciente y son numerosos los estudios que reportan la existencia de problemas de salud cuyo origen está relacionado con los medicamentos ofreciendo prevalencias que llegan en algunos casos hasta el 30%. Además de una alta prevalencia, la mayoría de los PRM identificados podrían haberse evitado, presentando proporciones de evitabilidad de hasta el 70%. Este estudio pretendió conocer la prevalencia de PRM en los usuarios del servicio de urgencias del Hospital Universitario Virgen de las Nieves de Granada que fueron causa de la consulta, describirlos según el tipo de PRM, su gravedad y su evitabilidad, así como conocer qué tipos de problemas de salud eran estos PRM. Se describió igualmente los grupos terapéuticos asociados a los PRM detectados, los factores asociados a su aparición así como el coste de los PRM evitables. METODOLOGÍA El estudio fue realizado en el servicio de cuidados críticos y urgencias del Hospital Universitario Virgen de las Nieves de Granada.La población de estudio Fueron entrevistados 2556 pacientes entre el 1 de noviembre de 2000 y el 30 de octubre de 2001. Se usaron como criterios de exclusión, las intoxicaciones medicamentosas agudas voluntarias, pacientes Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 27 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos que no esperaron la consulta médica y los que acudieron dos o más veces al servicio de urgencias; éstos solo se incluyeron una vez. Se realizó un muestreo probabilístico bietápico estratificado, siendo las unidades primarias los días del año y las unidades secundarias los pacientes. La variable de estratificación fue la estación del año con afijación constante. La selección de la muestra se realizó, para los días, por muestreo aleatorio simple y para los individuos, por muestreo sistemático. Para una proporción P=0,3302 de una población de tamaño N=179.965, un nivel de confianza del 95%, una muestra n=2304 urgencias y un efecto de diseño de 1,22; el error máximo admisible fue de E=0,0211. Fuentes de información Como fuentes de información se usaron un cuestionario validado para la información de medicamentos y las historias clínicas de los pacientes, para los datos de problemas de salud. Variables de estudio La variable de estudio fue el problema de salud, que se relacionó con un fallo en la farmacoterapia, el cual se obtuvo del diagnóstico que motivó la asistencia al servicio de urgencias, recogido por el médico en la historia clínica del paciente. Se utilizó la clasificación CIE-918 para su caracterización. La información sobre la farmacoterapia del paciente obtenida del cuestionario se refería a las alergias medicamentosas conocidas, los medicamentos que tomaba previamente a la visita y sus dosis, cuándo y cómo los tomaba, desde cuándo los tomaba y hasta cuándo y si conocía para qué. También, quién fue el prescriptor o en su caso, si era automedicación; cómo le iba con el medicamento, la existencia de medicamentos con estrecho margen terapéutico, así como el cumplimiento del tratamiento y el conocimiento que el paciente tenía sobre el mismo. Además, se tomaron en cuenta variables como el género, la edad y hábitos tales como fumar, beber o tomar plantas medicinales. Farmacoterapia responsable: Para el análisis de los grupos terapéuticos relacionados con la aparición de PRM se utilizó la clasificación anatómica de medicamentos La evaluación de PRM Se realizó en dos etapas: primero, el equipo investigador se dividió en 4 grupos de dos farmacéuticos, que analizaron las historias y los cuestionarios proponiendo las sospechas de PRM; posteriormente, los casos fueron reevaluados por cada grupo junto a un grupo de referencia formado por otro farmacéutico y un médico, común para los cuatro grupos evaluadores. Para el determinar la existencia de un PRM se siguió el procedimiento Dader así como la sistemática de clasificación para el Segundo Consenso de Granada. Cuando existió discrepancia prevaleció el criterio médico. Para el establecimiento de la existencia de PRM tipo 1 cuando el paciente no tomaba medicación, se consideró el hecho de que el problema de salud causa de consulta a urgencias tuviese una evolución igual o mayor a 1 semana. Para conocer la evitabilidad se utilizaron los criterios de Baena y col Análisis estadístico Una vez identificados los PRM se procedió a calcular las proporciones de prevalencia de PRM de punto y su intervalo de confianza al 95%. Igualmente se calculó para cada tipo de PRM. Para la comparación entre variables se utilizó como contraste el proporcionado por el estadístico χ2 de Pearson y F de Snedecor. Para procesar las codificaciones de las variables del estudio, se diseñó una base de datos mediante el gestor de datos ACCESS 2000. Para el análisis estadístico se utilizó el paquete estadístico SUDAAN 7.5.2. RESULTADOS La prevalencia de PRM resultó ser del 33,17% con un I.C. al 95% de (31,09 – 35,25). Los PRM más frecuentes fueron de efectividad. 28 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos De todos los PRM detectados, el 73,13% resultaron ser evitables: un 99,18% de necesidad y un 66,57% de efectividad. Los PRM más frecuentes fueron los leves 78,62%. I.C. al 95% (75,29 – 81,95). Las diferencias encontradas en las diferentes dimensiones según gravedad son estadísticamente significativas siendo más graves las de seguridad y las más leves los PRM de necesidad (χ2= 26,41; gl=6; p=0,014) Los PRM fueron con mayor frecuencia diagnósticos osteoarticulares (28,39%), lesiones y envenenamientos (12,68%) y síntomas y signos mal definidos (12,44%). Los grupos terapéuticos que más frecuentemente han estado relacionados con la aparición de PRM han sido: el grupo N de medicamentos del sistema nervioso (28,92%) y el M del aparato locomotor (28,76%), seguido del grupo A, del aparato digestivo y metabolismo (10,46%) y el C, aparato cardiovascular (9,09%). Estos resultados analizados respecto del total de los medicamentos que los pacientes venían utilizando presentan diferencias, en este caso puede observarse que la mayor frecuencia de PRM se asocia a los grupos terapéuticos M: aparato locomotor (36,2%), en segundo lugar el D: terapia dermatológica (25%), S: órganos de los sentidos (23,4%) y J: terapia antiinfecciosa vía sistémica (23,1%). El coste total, de los PRM evitables atendidos en el servicio de urgencias del Hospital Universitario Virgen de las Nieves de Granada en el año 2001 ascendió a 11.869.344,59 €, con un I.C. al 95% (8.270.934,79 € – 15.467.753,39 €). Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 29 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares Viragem para os resultados clínicos na prática hospitalar Laura Tuneu Valls Curriculum resumido Correo electrónico:ltuneuv@santpau.es HISTORIAL ACADÉMICO: Doctora en Farmacia. Universidad de Granada. 2004 Experto en Seguimiento Farmacoterapéutico. Universidad de Granada 2004 Pharmaceutical Care Certificate. St Peters Institute. University of Minnesota. 2003 Graduado Farmacia. Universidad Autónoma de Barcelona (1999). Master en Nutrición y Ciencias de los Alimentos. Universidad Central de Barcelona (1994). Especialista en Farmacia Hospitalaria. (1992). Diplomado en óptica oftálmica y acústica audiométrica (1988). Licenciada en Farmacia. Universidad Central de Barcelona (1987). HISTORIAL LABORAL: Farmacéutica responsable de la sección de atención farmacèutica ambulatoria en el Hospital de la Santa Creu i Sant Pau ( agosto2005- actualidad) Farmacéutica comunitaria en Manresa – Barcelona (2000-julio2005). Responsable del Centro de Información sobre Medicamentos del Hospital Sant Pau y Santa Creu – Barcelona (1997-1999). Adjunto Servicio de Farmacia. Hospital Mutua de Terrasa. (BCN).-1994 Becaria del Servicio de Farmacia. Hospital de la Santa Creu i Sant Pau (1992-1994) Estancia en el St Jude Childrens Research. University of Tennessee (1991). Residente Farmacia del Hospital de la Santa Creu i Sant Pau. Barcelona (1989-1992) Colaboradora del Departamento de Bioquímica y Biología Molecular. Universidad Autónoma de Barcelona (1987-1988). HISTORIAL INVESTIGADOR: Octubre 2005: Investigadora del Proyecto PAFI. “ Proyecto de Atención Farmacéutica Integral en pacientes pluripatológicos” Acadèmia de Ciències Mèdiques de Catalunya i Balears Enero 2005: Investigadora del Proyecto e-INFOMED. “Identificación y evaluación de la calidad de laspáginas web con información sobre medicamentos”. Escuela Andaluza de Salud Pública Abril 2005: “ Evaluación económica de la atención farmacéutica en el ámbito hospitalario: una revisión sistemática de la literatura” Beca de la Escuela Andaluza de Salud Pública Investigador de la Beca FIS 2003: Detección de problemas relacionados con los medicamentos en un servicio de urgencias. 30 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares Viragem para os resultados clínicos na prática hospitalar (ATENCION FARMACEUTICA EN EL PACIENTE HOSPITALIZADO. ¿Cuál es nuestra pirámide?) Laura Tuneu Valls Resumo da Comunicação Servicio de Farmacia, Hospital de Sant Pau, Barcelona ( Spain) Una pirámide es una figura geométrica cuyo nombre se aplica metafóricamente a múltiples conceptos que engloban escalones y proporciones, de manera que en los escalones inferiores se sitúan las acciones o necesidades más mayoritarias y en los escalones superiores, las más minoritarias. Tenemos como ejemplo la pirámide alimentaria, que nos sugiere de manera muy visual la proporción de los componentes alimentarios en los que debemos basar nuestra alimentación para que ésta sea equilibrada y variada. Así en eslabones inferiores tenemos a los hidratos de carbono complejos que como fuente de energía mayoritaria debe proporcionarnos el 60% de las calorías totales, mientras que en el escalón superior tenemos los azúcares refinados que debemos utilizar anecdóticamente. ¿ Dónde estamos en la farmacia hospitalaria? ¿ Qué tipo de pirámide tenemos? ¿ Es equilibrada? ¿ Responde a nuestras motivaciones y necesidades? ¿Responde a las necesidades y motivaciones de nuestro hospital o a la de los pacientes? ¿ En qué nivel de la pirámide están las actividades que realizamos diariamente? ¿ Es el nivel que les corresponde? En nuestro hospital, que es un hospital universitario, de nivel tres, con 643 camas (520 en unidosis), en las que durante el año 2005 han ingresado 35.151 pacientes, se han realizado 388.881 visitas ambulatorias y dónde han acudido a urgencias 155.501 pacientes, dispone de una comunidad de 2.773 profesionales, entre los que están 7 farmacéuticos adjuntos, 1 jefe de servicio, 9 residentes y 3 becarios y 16 técnicos en farmacia. La actividad de farmacia durante dicho año ha sido la siguiente; se han validado 871.521 pautas de tratamiento (un promedio de 24 pautas por paciente), las cuales han generado 99.948 revisiones de perfiles terapéuticos (2,8 perfiles revisados por paciente en una estancia media de 6 días , rango 1-22), que ha generado un total de 4.397 intervenciones farmacéuticas (Cada 8 pacientes se ha documentado una intervencion ó cada 22 perfiles revisados ha dado lugar a una intervención farmacéutica). Se han resuelto en el CIM unas 1.090 preguntas ( 4 preguntas por día) y se han generado unos 19 informes para la Comisión de Farmacia y Terapéutica que se reunido bimensulamente. Se han controlado farmacocinéticamente a 2.585 pacientes (un 7.3 % de los pacientes) que han llevado alguno de los 16 de los fármacos que se monitorizan habitualmente (citostáticos, antibióticos, e inmmunosupresores, principalmente) y que han generado un total de 4.198 informes farmacocinéticos individualizados (1,5 informe por paciente monitorizado). Se han preparado unas 6.386 bolsas de nutrición parenteral, tras la valoración y seguimiento nutricional de 4.147 pacientes ingresados (11,79% de los pacientes). Se han pautado 255 nutriciones enterales domiciliarias tras la realización de 796 visitas para su valoración. Se han preparado 29.519 citostáticos, 185 sueros de hidratación, 8.986 fórmulas magistrales estériles, 3.900 formulas magistrales y 812.00 cápsulas, y se han reenvasado 605 medicamentos (aproximadamente nuestra guía contiene unos 650 especialidades farmacéuticas distintas). Se han distribuido en dosis unitarias unos 2.919 medicamentos en los pacientes hospitalizados y se han dispensado a pacientes externos unas 15.843 medicamentos distintos (4.07% de los pacientes con visita ambulatoria llevan un medicamento hospitalario). Se ha custodiado y monitorizado 171 ensayos clínicos y se han tramitado 325 medicamentos estranjeros y usos compasivos. El análisis de la actividad nos sugiere que nuestra pirámide tendría el siguiente perfíl: Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 31 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos El 70% de las actividades del servicio de farmacia van dirigidas a la adquisición, preparación y distribución de los medicamentos a los pacientes hospitalizados y ambulatorios. Estas actividades las realizan, principalmente, los técnicos en farmacia (16), los becarios(3) y los residentes a tiempo parcial (9.-1/2), y están gestionadas y supervisadas por farmacéuticos adjuntos. Por el contrario, el 30% de las actividades restantes son propias de la farmacia clínica ya que persiguen un uso eficaz, seguro y eficiente de la medicación. Estas actividades realizadas por farmacéuticos adjuntos (8) y farmacéuticos residentes, a tiempo parcial (9-1/2), comprenden tanto las actividades dirigidas directamente al paciente, como la revisión de perfiles terapéuticos, la farmacocinética, la nutrición artificial y la educación sanitaria, como las dirigidas a la selección, utilización, gestión, e información de medicamentos, como son la realización de guías clínicas, informes para la comisión de farmacia y resolución de preguntas en el CIM. También, comprenden actividades de docencia a estudiantes de farmacia, enfermería, y farmacéuticos residentes. En una proporción más pequeña, los farmacéuticos adjuntos y los residentes llevan a cabo seguimiento farmacoterapéutico a pacientes hospitalizados o ambulatorios según criterios de selección por riesgo como son la edad, polimedicación, y el uso de medicamentos de margen terapéutico reducido. Sin embargo, se siguen documentando que los medicamentos como estrategia terapéutica fallan, ocasionando problemas de inseguridad y de inefectividad i y que las consecuencias de éstos los problemas relacionados con los medicamentos contribuyen al aumento de las tasas de mortalidad y morbilidad.ii,iii. En el año 2000, la morbimortalidad relacionada con medicamentos tuvo un coste hospitalario estimado de más de $177.4 billones y los PRM causaron 24.576.000 ingresos hospitalarios en Estados Unidos.iv,v Cuatro de cada 1000 ingresos hospitalarios prevenibles son causados por los problemas relacionados con la medicación, lo cual sitúa a los PRM como la segunda causa de ingresos prevenibles.vi En España, se atribuyeron 2.300 estancias a PRM, con un coste estimado de 360.620 euros año en un hospital universitario durante el año 2000.vii En un estudio reciente, demuestra que en España un 32% de los problemas de salud son producidos por errores de medicación (una parte pequeña de los PRMs), en Estados Unidos el estudio To Err is Human del Instituto de Medicina de Estados Unidos, ha mostrado que entre 44.000 y 88.000 de las muertes anuales atribuibles a los errores médicos, entre 4.000 y 7.000, la causa es por un error de medicación. De modo que según estos estudios, probablemente la pirámide de actividades que debería tener el servicio de farmacia podría estimarse como la siguiente: Se trataría de establecer una pirámide en que se mantuviesen las actividades básicas y destinadas al ejercicio de la farmacia clínica, aumentando las actividades de la farmacia clínica y de la atención farmacéutica, mediante el desarrollo de programas sistemáticos y sostenibles de atención farmacéutica personalizada en los pacientes hospitalizados y ambulatorios. ¿ Pero cómo es posible gestionar este cambio en un sistema sanitario complejo y con pocos recursos humanos? ¿ Cómo es posible gestionar más actividades clínicas, sin detrimento de las actividades básicas-técnicas, cuando la presión asistencial y la burocracia ha aumentado exponencialmente? Probablemente, debiendo cambiar el concepto de farmacia, y en consecuencia modificando y priorizando unas actividades sobre otras, y promoviendo y fomentando las automatizaciones de todas las actividades básicas y burocráticas. En nuestro hospital, desde hace algunos años, los farmacéuticos adjuntos son responsables de diferentes unidades de hospitalización, denominadas áreas de atención farmacéutica, en las que desarrollan todas las habilidades de la farmacia clínica para conseguir medicamentos más óptimos y su utilización en mejores condiciones de seguridad y calidad. Sin embargo, hacen falta más horas de farmacéuticos en las salas para que su aportación clínica sea una realidad cotidiana. En este sentido, los cambios pasan inevitablemente por automatizar las actividades básicas mediante la implantación de “pixies” (sistemas automatizados de dispensación de fármacos) tal y como estamos haciendo. En la farmacia ambulatoria, donde anualmente se realizan unas 15.000 dispensaciones, se ha protocolizado el proceso de dispensación para conseguir dispensaciones más eficientes y con menos errores. Para la prevención de errores, el protocolo exige el “ doble check” de citostáticos y el repaso diario de la concordancia entre la receta médica y el medicamento dispensado. Además, el técnico en farmacia responsable de cada dispensación se asegura del conocimiento del proceso de uso de cada uno de los fármacos que se dispensan. En caso que el paciente no muestre un adecuado conocimiento, este paciente es derivado al farmacéutico. El farmacéutico atiende a los pacientes que no comprenden el proceso de uso, a aquellos pacientes que soliciten alguna consulta y por supuesto todos los nuevos tratamientos y cambios en los mismos. De modo que la dispensación sólo la realizan los técnicos en farmacia y el farmacéutico interviene en los pacientes que necesitan un 32 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos proceso de educación sanitaria y en los pacientes que están en seguimiento farmacoterapéutico como son los pacientes adultos con hormona de crecimiento, los pacientes en tratamiento para la hepatitis C y los pacientes “naive” diagnosticados de HIV. Nuestro objetivo, es pues, evolucionar al escalón de máxima motivación profesional que es conseguir tratamientos necesarios, efectivos, seguros y comprensibles para la mayoría de nuestros paciente. Para ello, es obvio que la proporción de actividades clínicas directamente relacionadas para y con el paciente, debe ser la base de nuestro trabajo diario como lo son los glúcidos complejos en una dieta equilibrada. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 33 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares Experiência clínica nos serviços farmacêuticos Nadine de Jesus Pinto Ribeiro Ferrão Gonçalves Curriculum resumido 34 • Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade Clássica de Lisboa. • Especialista em Farmácia Hospitalar • Farmacêutica hospitalar nos Serviços Farmacêuticos do Hospital S. Francisco Xavier desde 1996. • Membro da Comissão de Farmácia e Terapêutica do Hospital de São Francisco Xavier de 2002 a 2005. • Pós-graduada em Seguimento Farmacoterapêutico (III Curso de especialização pósgraduada em cuidados farmacêuticos-seguimento farmacoterapêutico, organizado pelo Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, com o apoio do “Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica” da Universidade de Granada) e Assuntos Regulamentares do Medicamento (cpgarm- ii curso pós-graduado em assuntos regulamentares do medicamento, organizado por Laboratório de Farmacologia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e patrocinado pelo INFARMED – Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento). • Professora Convidada, da cadeira de Farmácia Clínica da Licenciatura em Ciências Farmacêuticas da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, sendo responsável pela Unidade III “ Citotóxicos” e VI “Distribuição Individual Diária em Dose Unitária “, do programa teórico-prático desta cadeira. • Lecciona a aula de Psicoses e fármacos antipsicóticos/ neurolépticos na cadeira de Farmacoterapia, a aula de Cuidados Farmacêuticos em Oncologia na cadeira de Princípios da Terapêutica Oncológica e é tutora na cadeira de PBL (Problem Based Learning) do Mestrado de Farmácia Comunitária e Hospitalar da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. • Orientadora de Estágio pré-Licenciatura em Farmácia Hospitalar no Hospital de S. Francisco Xavier para os alunos da FFUL, do Instituto Superior de Ciências da Saúde – Sul e da Universidade Lusófona. • Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares no triénio 20022005. • Apresentou cerca de 30 trabalhos originais em congressos nacionais e internacionais e sessões clínicas, tendo publicado cerca de 8 destes trabalhos. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares: Experiência Clínica nos Serviços Farmacêuticos do Hospital de S. Franscisco Xavier Nadine de Jesus Pinto Ribeiro Ferrão Gonçalves Resumo da Comunicação As mudanças sociais e económicas verificadas em todo o mundo, especialmente nas últimas duas décadas afectaram de forma particular os cuidados de saúde. O envelhecimento gradual da população mundial com o consequente aumento da prevalência das doenças crónico-degenerativas, sem que se assistisse a uma redução na incidência das doenças agudas e dos acidentes ocasionais, implicou o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes, mas também com maiores riscos para o doente e, certamente, bem mais dispendiosos. Esta conjectura culminou no incremento exponencial dos recursos económicos despendidos com a saúde que actualmente presenciamos. Há, pois, a preocupação de todos os governantes em fazer baixar estes custos com a despesa dos medicamentos, não só por contenção das despesas directas, como também reduzindo gastos resultantes da não-efectividade, maximizando a qualidade da sua utilização. Estas alterações nos cuidados de saúde implicaram uma mudança urgente na prática farmacêutica e no papel do farmacêutico e em 1990 Charles Hepler e Linda Strand, propõem um novo exercício profissional ao farmacêutico, com o objectivo de minimizar a morbilidade e mortalidade associada aos medicamentos. Este novo exercício profissional, publicado na American Journal Hospital Pharmacy e intitulado de “Oportunities and responsabilities in the Pharmaceutical Care”, foi denominado de Pharmaceutical Care, traduzido para Cuidados Farmacêuticos, em português. Trata-se de uma nova prática profissional orientada para o doente, em que o farmacêutico tem como missão proporcionar directa e responsavelmente cuidados relacionados com o medicamento aos doentes, com o objectivo de conseguir resultados que melhorem a sua qualidade de vida. A Implementação da filosofia de Cuidados Farmacêuticos implicam necessariamente o seguimento farmacoterapêutico do doente, que pode ser definido como prática ou metodologia que permite procurar, identificar e resolver e prevenir, de modo sistemático e documentado, todos os problemas de saúde relacionados com os medicamentos (PRMs) desse doente, realizando uma avaliação periódica de todo o processoPara ser realizado com a máxima eficiência, o SFT requer um método de trabalho rigoroso, com procedimentos de trabalho protocolados e validados. Neste sentido, foram desenvolvidas várias metodologias de trabalho, designadamente o “Método Dadér”, desenhado pelo “Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica de la Universidad de Granada”, em 1999, actualmente em utilização em diversos países. O “Método Dadér” baseia-se na obtenção da História Farmacoterapêutica do doente, isto é, nos problemas de saúde que este apresenta, nos medicamentos que utiliza e na avaliação do seu Estado de Situação numa determinada data, de forma a identificar e resolver os possíveis problemas relacionados com medicamentos (PRM) que o doente apresenta. Após esta identificação realizam-se as intervenções farmacêuticas necessárias para resolver os PRM e posteriormente avaliam-se os resultados obtidos (Método Dáder. Manual de Seguimento Farmacoterapêutico (versão em português euopeu); 2004). É uma metodologia rigorosa mais exequível de aplicar na prática clinica diária do Farmacêutico Hospitalar, indo em conta com o que se pretende e espera hoje do farmacêutico: que promova terapêuticas eficazes e seguras, com resultados concretos ao menor custo para o sistema de saúde. Com o objectivo de implementar a filosofia de Cuidados Farmacêuticos aos doentes internados em ambiente hospitalar, os Serviços Farmacêuticos do Hospital de S. Francisco Xavier iniciaram a aplicação do Metodo de Dáder nos Serviços de internamento. Por forma a facilitar a sua aplicação neste tipo de doentes, foram realizadas pequenas adaptações a esta metodologia. Como resultado da aplicação desta metodologia no Serviço de Medicina Interna, de Janeiro a Outubro de 2005, foram analisados 698 doentes, dos quais 128 foram alvo de intervenção Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 35 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos farmacêutica (18,3%), com uma média de 1,15 intervenções por doente. A maioria dos PRMs detectados no estudo são respeitantes a “Insegurança Quantitativa” (52%), seguindo-se os PRMs de “Não Necessidade” (38%), de “Inefectividade Quantitativa” (6%), de “Necessidade” (3%) e de “Inefectividade Não Quantitativa” (1%). Não se detectaram PRMs de “Insegurança não Quantitativa”. Relativamente ao resultado das intervenções farmacêuticas, os PRMs de Insegurança Quantitativa, Inefectividade Quantitativa, Inefectividade Não Quantitativa e de Necessidade foram os que tiveram maior aceitação, ao contrário dos PRMS de Não Necessidade. A aceitação das intervenções sobre os PRMs de “Necessidade” e de “Inefectividade Quantitativa” foram as que tiveram maior impacto na resolução dos respectivos problemas de saúde, enquanto que a não aceitação das intervenções sobre os PRMs de “Não Necessidade” e de “Insegurança Quantitativa” apresentaram menor impacto, uma vez que na sua maioria se destinavam a prevenir riscos. O método Dáder de seguimento farmacoterapêutico permitiu-nos sistematizar uma prática que, embora já existente, carecia de normalização e registo para melhor se auto-regular, permitindo a efectiva documentação de uma das áreas mais nobres da nossa actividade.: - Garantir a obtenção da máxima efectividade da terapêutica farmacológica, quer tenha sido prescrita pelo médico, ou aconselhada pelo farmacêutico; - Contribuir para o uso racional dos medicamentos; - Minimizar os riscos associados ao uso dos medicamentos, minimizando o aparecimento de PRMs; -Melhorar a qualidade de vida dos doentes. Sendo uma metodologia desenvolvida para o ambiente comunitário, serão necessárias adaptações, preferencialmente concensuais, para a optimização da sua aplicabilidade no meio hospitalar, sendo importante o alargamento da sua implementação a outros SF hospitalares. Toda esta movimentação da área farmacêutica académica e profissional demonstra o empenhamento da classe Farmacêutica Hospitalar em criar uma nova filosofia que sustente a sua prática profissional, por forma a adaptar e moldar o seu futuro, indo ao encontro dos novos objectivos estabelecidos para os cuidados de saúde e procurando identificar e servir as necessidades reais do cidadão. 36 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares Resultados do seguimento farmacoterapêutico no âmbito hospitalar com o método Dáder adaptado ao doente internado Martha Milena Silva Castro Curriculum resumido HISTORIAL LABORAL E INVESTIGADOR: Doctorando en Farmacia. Programa de Farmacia Asistencial. Universidad de Granada. Experto en Seguimiento Farmacoterapéutico. Universidad de Granada. (2004) Diploma de Estudio Avanzados. Universidad de Granada. (2003) Master en Atención Farmacéutica. Universidad de Granada (2002). Química Farmacéutica. Universidad Nacional de Colombia (1999). HISTORIAL LABORAL E INVESTIGADOR: Investigador Colaborador. Fundación Empresa Universidad de Granada. Miembro del Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica (CTS-131) Universidad de Granada. (Desde 2001) Profesora Colaboradora. Master Atención Farmacéutica. Universidad de Granada. (Desde 2002) Profesora Colaboradora. Master Atención Farmacéutica. Universidad de Valencia. (Desde 2003) Profesora Invitada. Experto en Atención Farmacéutica. Universidad de Sevilla (Desde 2003) Profesora Colaboradora. Master Atención Farmacéutica. Universidad de San Francisco Javier de Chuquisaca. Bolivia. (Desde 2002) Profesora Invitada. Master en Atención Farmacéutica. Universidad de Sevilla (Desde 2004) Profesora Invitada. Dirección Regional de Salud, Arequipa (Perú), Universidad Católica Santa Maria de Arequipa, Colegio Químico Farmacéutico de Arequipa, Región Militar del Sur de Arequipa. (Desde 2005). Asesora técnica. Proyecto de Implantación de Seguimiento Farmacoterapéutico en pacientes hospitalizados. Clínica de las Américas. Medellín - Colombia. (Desde 2005) Coordinadora del Taller de Casos Prácticos en Seguimiento Farmacoterapéutico. Periódico Correo Farmacéutico. (2003-2004) Coordinadora Curso de Experto en Seguimiento Farmacoterapéutico. Universidad de Granada. Tercera y Cuarta Edición. (2003-2004) Asesora del Hospital del Rosario de Campoalegre, Empresa Social del Estado. Departamento del Huila - Colombia (2001). Coordinadora del Programa de Mejoramiento de los Servicios Farmacéuticos del Departamento del Huila – Colombia (2000). Jefe del Servicio de Farmacia de la Clínica del Occidente - Bogotá (1999). Farmacéutico Adjunto. Hospital Santa Clara Empresa Social del Estado. Bogotá – Colombia (1999). Farmacéutico en Prácticas. Fundación Clínica Shaio. Bogotá – Colombia (1998). Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 37 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares. Resultados do seguimento farmacoterapêutico no âmbito hospitalar com o método Dáder adaptado ao doente internado. (Análisis de la aplicación del método Dáder para el seguimiento farmacoterapéutico a pacientes hospitalizados) Martha Milena Silva Castro Resumo da Comunicação La contribución de los farmacéuticos en el cuidado de la salud de los pacientes ingresados, ha demostrado una contención de costos asistenciales y la mejora de la calidad de la farmacoterapia en unidades de hospitalización. Específicamente, programas de Atención Farmacéutica han demostrado reducir costes durante la hospitalización y resolver problemas relacionados con los medicamentos, que estaban disminuyendo la calidad de vida de pacientes ingresados. WEIDLE Y COL, documentaron 68000 intervenciones realizadas por 45 farmacéuticos, de las cuales el 90% estaba afectando la calidad del proceso terapéutico y los costes durante el estudio se redujeron entre US$374.000 a US$783.000 dólares. SMYTHE Y COL, implantaron y evaluaron un programa de Atención Farmacéutica en una unidad de cuidados intensivos durante 8 semanas, disminuyendo la aparición de reacciones adversas a medicamentos (RAM) y disminuyendo la estancia hospitalaria promedio en 1.2 días. La reducción del coste total de la farmacoterapia fue de US$6534.53 y el ahorro anual proyectado se estimó en US$42474.45 dólares. En España se ha desarrollado el Método Dáder de Seguimiento Farmacoterapéutico (Pharmaceutical Care). Para aplicar el Método Dáder a pacientes hospitalizados hay que establecer una serie de adaptaciones en función de las características del paciente y del entorno hospitlario. El Método Dáder, diseñado inicialmente para ser utilizado en el ámbito ambulatorio, ha sido adaptado por el varios grupos de investigadores, para ser llevado a cabo en diferentes servicios hospitalarios. Para resolver los PRM, el equipo médico y de enfermería junto con el farmacéutico van estableciendo estrategias para disminuir la aparición de los PRM evitables y paliar la aparición de los inevitables (especialmente en los tratamientos agresivos de patologías como las hematológicas o en pacientes trasplantados). Los procedimientos básicos del método Dáder permiten realizar seguimiento farmacoterapéutico a pacientes de alta complejidad y puede aplicarse independientemente del lugar donde se encuentre el farmacéutico ejerciendo su profesión. En definitiva, el farmacéutico resuelve PRM utilizando el Método DADER en el ámbito hospitalario en sus múltiples situaciones. 38 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 4: Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade. Moderador: Margarida Caramona Facilitador: Carlos Sinogas • A responsabilidade de uma organização farmacêutica supranacional para implementar Cuidados Farmacêuticos (Ema Paulino, Federação Internacional de Farmácia, Secção de Farmácia Comunitária). • O apoio dos Colégios Oficiais de Farmacêuticos em Espanha para implementar Cuidados Farmacêuticos (Cecílio Venegas, Colégio Oficial de Farmacéuticos de Badajoz, Espanha) • A investigação e o ensino em Cuidados Farmacêuticos em Portugal (Paula Iglésias, GICUFUniversidade Lusófona, Portugal) Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 39 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 4: Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade. Carlos Sinogas Curriculum resumido QUALIFICAÇÕES ACADÉMICAS 1988 Doutoramento em Bioquímica, Faculdade de Farmácia de Lisboa 1982 "Mestrado" (Assistente de Investigação), Instituto Gulbenkian de Ciência, Oeiras 1976 Licenciatura em Farmácia, Faculdade de Farmácia de Lisboa 1974 Curso Profissional de Farmácia, Faculdade de Farmácia de Lisboa ACTIVIDADES DE FORMAÇÃO PÓS-GRADUADA 20 Cursos Monográficos (frequência) 73 Reuniões científicas nacionais e internacionais (participação) CATEGORIAS PROFISSIONAIS 1997- Professor Auxiliar, Universidade de Évora 1997-00 Consultor Cientifico, INFARMED 1976-97 Investigador Cientifico, Instituto Gulbenkian de Ciência 1976-76 Técnico de Laboratório, Hospital de Santa Maria 1975-77 Monitor, Faculdade de Farmácia de Lisboa 1974-89 Director Técnico de Farmácia Comunitária ACTIVIDADES CIENTIFICO-PROFISSIONAIS 2003- Director do Curso de Mestrado em Acompanhamento Farmacoterapêutico (UE) 2003- Director do Curso de Mestrado em Análises Aerobiológicas (UE) 2003- Director do Curso de Pós-graduação em Análises Clínicas (UE) 1996- Membro da Comissão Técnica dos Medicamentos, INFARMED 1995- Perito de Biotecnologia, Agência Europeia do Medicamento 12 Reuniões científicas (organização) 21 Orientações de trabalho científico (licenciatura, pós-graduação e doutoramento) REALIZAÇÕES PEDAGÓGICAS 6 Disciplinas regulares de licenciatura (concepção e realização) 4 Disciplinas regulares de pós-graduação / mestrado (concepção e realização) 29 Cursos monográficos – graduação e pós-graduação (concepção e realização) 14 Júris de provas académicas de avaliação (mestrado e trabalhos de fim de curso) REALIZAÇÕES CIENTÍFICAS 25 Publicações científicas 38 Comunicações apresentadas a reuniões científicas e publicadas na forma de resumos 4 Capítulos em livros científicos 24 Publicações didácticas 39 Conferências e Seminários científicos 40 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 4: Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade A responsabilidade de uma organização farmacêutica supranacional para implementar Cuidados Farmacêuticos Ema Paulino Curriculum resumido Tlm: +351 962751052 e-mail: emapaulino@ureach.com HABILITAÇÕES LITERÁRIAS 2002-6 Frequência no III Mestrado em Farmácia Comunitária na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (Tese: Processo de mudança da prática em farmácia comunitária – estão os médicos dispostos a jogar?) 2001 Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 2002-4 Directora-Técnica e proprietária da Farmácia Nuno Álvares, Almada INVESTIGAÇÃO 2003- Investigadora num estudo em colaboração internacional redireccionamento da prática farmacêutica em farmácia comunitária sobre facilitadores do PUBLICAÇÕES Paulino E, Bouvy ML, Gastelurrutia MA, Guerreiro M, Buurma H, for The ESCP-SIR Rejkjavik Community Pharmacy Research Group. Drug related problems identified by European community pharmacists on patients discharged from hospital. Pharm World Sci. 2004 Dec; 26(6):353-60 Costa F, Paulino E, Silva I. Pharmacy in Portugal, an overview on its functioning with focus on efforts to increase patient safety. Int Pharm J. 2005 Dec; 19(2):45-48 SELECÇÃO DE APRESENTAÇÕES EM CONFERÊNCIAS Paulino E, Costa F, Benrimoj SI. Are doctors willing to play a role in community pharmacy practice change? 65o Congresso Anual da International Pharmaceutical Federation, Cairo, Egipto, Setembro 2005 Paulino E, Benrimoj SI, Costa F. Understanding Practice Change in Community Pharmacy Practice. 13a International Social Pharmacy Workshop, Malta, Julho 2004 Paulino EI, Bouvy ML, Buurma H, Dimtcheva O, Frederiksen MD, Gatstelurrutia MA, Gebben H, Guerreiro M, Ranner A, Woeber E. Drug Related Problems Among Patients Discharged from Hospital. 30o Congresso Europeu de Farmácia Clínica, European Society of Clinical Pharmacy, Antuérpia, Outubro 2001 REPRESENTAÇÃO PROFISSIONAL E ASSOCIATIVA 2006- Membro do Fórum Farmacêutico Europeu (EPF) 2005- Membro do Comité Executivo da Secção de Farmácia Comunitária da International Pharmaceutical Federation (FIP CPS) 2004- Membro do Pharmaceutical Care Network Europe (PCNE) 2004- Membro da Delegação Portuguesa no Pharmaceutical Group of the European Union (PGEU) 2004- Membro da Delegação Portuguesa no EuroPharm Forum 2004- Membro da Direcção da Associação Nacional das Farmácias (ANF) Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 41 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 4: Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade A responsabilidade de uma organização farmacêutica supranacional para implementar Cuidados Farmacêuticos Ema Paulino Resumo da Comunicação A Federação Internacional de Farmacêuticos (FIP) é a federação global de organizações nacionais de farmacêuticos. Dedica-se a melhorar o acesso aos medicamentos, associando-o ao valor intrínseco da sua utilização segura e efectiva, e a contribuir para avanços na ciência, na prática profissional e na política de saúde mundial. Um dos objectivos da FIP é proporcionar aos seus membros padrões de prática profissional que possam ser adaptados à realidade nacional. Como tal, tem ao longo dos anos desenvolvido e aprovado diversas guidelines profissionais nas várias áreas de actuação farmacêutica. Um exemplo sobejamente conhecido são as normas para as Boas Práticas de Farmácia, adoptadas pela FIP em 1993. Estas normas foram desenvolvidas como referência para as organizações nacionais de farmacêuticos e governos no estabelecimento de standards de actuação a nível nacional, e tiveram repercussão em diversos países. Em Portugal, desde 1995 que a Ordem dos Farmacêuticos e a Associação Nacional das Farmácias têm vindo a desenvolver um conjunto de actividades no âmbito da implementação das Boas Práticas de Farmácia, nomeadamente através da dupla certificação em Qualidade. Nas normas constantes das Boas Práticas de Farmácia já haviam sido incluídos os princípios que norteiam o conceito de Cuidados Farmacêuticos. Em 1998, e reconhecendo a importância crescente desta área, a FIP adoptou uma declaração específica com normas profissionais a adoptar. Em 1994 foi criado o Pharmaceutical Care Network Europe (PCNE), com o objectivo de desenvolver a prática farmacêutica de acordo com o princípio de Cuidados Farmacêuticos através do desenvolvimento de projectos internacionais neste domínio. O PCNE serve também como plataforma de comunicação para investigadores, e Portugal tem participado activamente nos vários projectos que têm vindo a ser promovidos. No entanto, as organizações supranacionais não são mais do que o que os seus membros as deixam ser. Apraz-me constatar que Portugal tem sido um dos países pioneiros na adopção dos vários conceitos. Mas o grande desafio coloca-se a nível do profissional individual que os implementa na sua actividade diária. Juntos ainda temos um longo caminho a percorrer pela frente. Estou convicta que o farmacêutico o saberá construir. 42 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 4: Como Transformar o sonho em Realidade O apoio dos Colégios Oficiais de Farmacêuticos em Espanha para implementar Cuidados Farmacêuticos Cecilio J. Venegas Fito Pte. Colegio Oficial de Farmacéuticos de Badajoz Resumo da Comunicação “Mi parroquia es una parroquia como las otras” Georges Bernanos. (Diario de un cura rural) Participar con una ponencia en esta Mesa sobre Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho en realidade, supone para el Colegio de Farmacéuticos de Badajoz un doble reto que no es la primera vez que se realiza. De una parte un ejercicio retrospectivo de análisis que expondremos a continuación. Y de otra la posibilidad de expresar en un foro como éste de carácter internacional el compromiso de continuidad de promoción de mejora profesional de un Colegio, que puede entenderse si atendemos en exclusiva al dato de número de colegiados, como centrado en la media, cuya característica distintiva puede expresarse en términos de entusiasmo. Los actuales Reglamentos vigentes para el Colegio encomiendan prácticamente en todos los fines que contempla el Art. 4, aspectos que pueden entenderse relacionados con el fomento de la buena praxis profesional. “Enseñando fomenta” quedaron establecidas las Reales Sociedades Económicas de Amigos del País en un tiempo en el que los españoles necesitaban encontrarse con su propia esencia para avanzar. Quizás los farmacéuticos estemos en estos momentos en una etapa parecida y casi con certeza la solución provenga también de nosotros mismos a través de nuestras Instituciones. La provincia de Badajoz tiene 664.000 habitantes, que suponen aproximadamente un 1,55% del total de España, cifra que coincide también con la ratio de colegiados de la provincia a nivel nacional. Sin embargo resultó gratificante comprobar que en el III Congreso Nacional de Atención Farmacéutica celebrado en Granada en el año 2003, el 10% de los trabajos presentados a dicho Congreso correspondían a grupos de trabajo del Colegio de Badajoz. A este respecto y para los no expertos cabe hacer una matización adicional. Publicar en general en el campo de la Atención Farmacéutica no supone solamente una revisión bibliográfica, tan frecuente en otros ámbitos, sino que las publicaciones son frutos reales y directos de trabajo de campo que a su vez son fuentes ya en sí para los participantes de constatación y de mejora, y que se ofrecen a otros para entre todos lograr los fines pretendidos. Medir la actividad de mejora en unidades de publicación parece pues correcto en este campo. Cabe indicar aquí la relevancia de la autoría de unos activos grupos de colegiados coordinados por el CIM del Colegio que han venido posibilitando la siguiente relación en la que se indican las aportaciones hechas bajo el logo del Colegio a los Congresos, Jornadas y Simposium en estos últimos años, y en la que no se incluye la producción de protocolos, monografías, etc. de régimen interno. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 43 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos CONGRESO, JORNADA, SIMPOSIUM,.. AÑO Nº DE AREA DE LAS COMUNICAC. COMUNICACIONES PRESENTADAS I JORNADA OTIME. MADRID 2001 1 1 SFT 3 SFT II CONGRESO NACIONAL DE FARMACEUTICA. BARCELONA ATENCION 2002 5 1 AF 1 EUM VI JORNADAS DE LA RED ESPAÑOLA DE 2002 ATENCIÓN PRIMARIA. CÁCERES 1 1 AF 7 SFT XIII CONGRESO NACIONAL FARMACÉUTICO. 2002 GRANADA 10 1 ALIMENTACION 2 AF 3º SIMPODÁDER. ZARAGOZA 2003 1 2003 12 2004 1 SFT 2004 1 SFT 2004 2 2 SFT XIV CONGRESO NACIONAL FARMACEÚTICO. 2004 ALICANTE 1 ALIMENTACION REUNIÓN DE LA ORGANIZACIÓN DE FARMACEUTICOS IBERO LATINOAMERICANOS. 2004 COIMBRA 1 SFT 5º SIMPODÁDER BADAJOZ 2005 9 6º SIMPODADER MURCIA 2006 5 5 SFT 2006 1 1 SFT III CONGRESO NACIONAL DE FARMACEUTICA. GRANADA ATENCION 4º SIMPODÁDER. SEVILLA 1º CONGRESO SOCIEDAD ESPAÑOLA FARMACIA COMUNITARIA. TARRAGONA DE 64º CONGRESO FIP. NUEVA ORLEANS I SIMPOSIO LUSOFONO FARMACEUTICOS. LISBOA DE CUIDADOS SFT 11 SFT 1 ALIMENTACION 7 SFT 2 AF Las siglas SFT, hacen referencia a las comunicaciones relacionadas con el seguimiento farmacoterapéutico, las siglas EUM a los estudios de utilización de medicamentos y las siglas AF, a las relacionadas con la Atención Farmacéutica (excepto el seguimiento farmacoterapéutico). En total, se han presentado 51 comunicaciones en 14 congresos, jornadas y simposium distintos, de las cuales más del 80% han estado relacionadas directa o indirectamente con el seguimiento farmacoterapéutico. Además de las comunicaciones presentadas a Congresos, se han publicado un total de 6 artículos, uno de los cuales, merece especial atención en este simposium sobre seguimiento farmacoterapéutico, el “Modelo para presentación de casos adaptado a la metodología Dáder”. El soporte documental propuesto en este trabajo surgió al preparar el 1º de los 5 Talleres de casos de seguimiento farmacoterapéutico con metodología Dáder realizados en este Colegio, para dar una idea de la evolución del estado de situación del paciente a lo largo del tiempo. 44 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Dado el ámbito de este simposium que hoy celebramos no podíamos pasar por alto una citación específica al artículo “Evaluación de las respuestas de los Centros de Información de Medicamentos de Portugal ante un caso clínico de Seguimiento Farmacoterapéutico” que precisamente nace a raíz de la colaboración como docente en un curso sobre seguimiento farmacoterapéutico de la Dra. Yolanda Aguas, Directora del Centro de Información de Medicamentos del Colegio Oficial de Farmacéuticos de Badajoz, realizado en esta misma Universidad Lusófona. Sería prolijo, y quizás fuente de publicación, el ejercicio de un análisis exhaustivo de los sesgos temáticos, de participantes, o temporales de la serie completa de publicación que se enuncia en la tabla adjunta, pero con seguridad pueden servir de índices de medida de la actividad de un Colegio que con sus medios limitados entiende, como se apuntaba al principio, que forma parte de su responsabilidad hacer realidad práctica lo que le encomiendan sus reglamentos. Otro aspecto a destacar ha sido la colaboración con la Universidad de Granada, traducida en la firma del Convenio de Colaboración con el Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica de la misma y la realización en el Colegio de Badajoz del Diploma de Estudios Avanzados, impartido por profesores de la Facultad de Farmacia de esta misma Universidad, durante los cursos 2002-2003 y 2003-2004. Como consecuencia de esta colaboración, hay en esta provincia 16 farmacéuticos colegiados que han obtenido el Diploma de Estudios Avanzados y de ellos 5 están realizando su tesis en esa Universidad. Asimismo en el curso 2005-2006 tiene lugar el primer Curso de Experto en Seguimiento Farmacoterapéutico realizado en Badajoz, a cargo de la misma Universidad, en el que participan 20 farmacéuticos. Pero sin duda el mayor ejemplo que cabe citar en relación con el título de la mesa sobre Cómo transformar o sonho en realidade, es la Tesis “Análisis de la efectividad de las acciones de un centro de información de medicamentos en la implantación del seguimiento farmacoterapéutico en farmacias comunitarias”, que aborda en profundidad la actividad desarrollada en el Colegio y por sus colegiados, suponiendo una importante aportación al cuerpo doctrinal en torno al seguimiento farmacoterapéutico. Dicha tesis fue defendida obteniendo Sobresaliente cum laude por unanimidad el 24 de junio de 2005 por su autora, la anteriormente citada Dra. Yolanda Aguas, que ha sido publicada y enviada por el Colegio a todos sus colegiados, así como ampliamente distribuida al resto de Colegios de Farmacéuticos de España y a otras entidades e instituciones. Aún podrían citarse bastantes más ejemplos de lo que puede suponer un Colegio activo en lo relativo a la mejora de la práxis profesional y desarrollo del conocimiento, pero quizás en el diferencial del entusiasmo es donde pueda encontrarse el matiz. Desde aquí agradezco el número de horas dedicadas a estos aspectos por el “núcleo especial” de colegiados pertenecientes a grupos de trabajo, y, en particular y especialmente a la coordinación y dirección que ha venido ejerciendo el CIM del Colegio, sin cuya dedicación y continuidad nada de lo anterior hubiera sido posible. Finalmente este último titular de la presentación en power point “Farmacéuticos de cabecera” resume todo el proceso de compromiso que supone la implicación del farmacéutico en la salud del paciente. Será con seguridad el exponente de la respuesta que el trabajo del Colegio posibilita. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 45 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 4: Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade A investigação e o ensino em Cuidados Farmacêuticos em Portugal Paula Sofia Lima Antonino Iglésias Ferreira Curriculum resumido E-mail: paula.iglesias@netcabo.pt Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa em 2000. Mestre em Farmácia Assistencial pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Granada em 2004. Desde 2005: Coordenadora e docente do Curso de Formação Pós-Graduada em Seguimento Farmacoterapêutico: casos práticos (e-learning) da Universidade Lusófona. Desde 2005: Coordenadora e docente do Curso de Formação Pós-Graduada em Cuidados Farmacêuticos no Tabagismo da Universidade Lusófona. De 2004 a 2005: Coordenadora do Programa Dáder de Seguimento Farmacoterapêutico em Portugal em colaboração com o Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica da Universidad de Granada. Desde 2003: Docente do Curso de Formação Pós-Graduada em Cuidados Farmacêuticos – Seguimento Farmacoterapêutico da Universidade Lusófona. Desde 2003: Professora Auxiliar Convidada da Licenciatura em Ciências Farmacêuticas na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia das disciplinas de Farmacoepidemiologia, Saúde Pública e Seguimento Farmacoterapêutico. Desde 2002: Membro do Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona. De 2002 a 2004: Membro convidado do Conselho Nacional de Prevenção do Tabagismo. Desde 2001: Assistente da Licenciatura em Ciências Farmacêuticas no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz da disciplina de Saúde Pública. De 1997 a 2001: Monitora do Sub-grupo da Sócio-Farmácia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Publicações Três artigos científicos publicados na área da Farmacoepidemiologia (Revista Portuguesa de Saúde Pública 2001, Pharmacoepidemiology and Drug Safety 2002, Pharmacy World Science 2004) Cinco artigos científicos publicados na área do Seguimento Farmacoterapêutico (Acta Médica Portuguesa 2004, Revista Lusófona de Ciências e Tecnologias da Saúde 2004, Seguimiento Farmacoterapéutico 2004, Seguimiento Farmacoterapéutico 2005, Revista Lusófona de Ciências e Tecnologias da Saúde 2006). 46 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 4: Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade A investigação e o ensino em Cuidados Farmacêuticos em Portugal Paula Sofia Lima Antonino Iglésias Ferreira Resumo da Comunicação Tendo como pano de fundo um Plano Nacional de Seguimento Farmacoterapêutico caracteriza-se o Ensino pré e pós-graduado e a Investigação na área dos Cuidados Farmacêuticos em Portugal. A apresentação está estruturada em quatro secções: 1. onde estamos?; 2. o que fizemos?; 3. onde queremos estar em 2010, 2015, 2020 e 20..?; 4. como acelerar esta transição? Objectivos: 1. Fazer um ponto da situação em relação aos Cuidados Farmacêuticos em Portugal. 2. Referir o que as Academias fizeram no ensino pré e pós-graduado e em investigação nesta área. 3. Promover a reflexão sobre o futuro dos farmacêuticos/académicos/investigadores/alunos e decisores. Cuidados Farmacêuticos nos 4. Identificar acções que acelerem a transição entre a situação actual e uma prática nacional do seguimento farmacoterapêutico. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 47 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Comunicações em cartazes (posters) 48 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P01 Cuidados Farmacêuticos em doentes dislipidémicos numa farmácia comunitária portuguesa Pereira CA1, Cabrita J2 1 Farmacêutica comunitária; Mestranda em Farmácia Comunitária da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. 2 Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. CORRESPONDÊNCIA Nome: Cláudia Andrade Pereira E-mail: candradepereira@netcabo.pt Introdução: O tratamento das dislipidemias – um dos principais factores de risco cardiovascular – baseia-se, principalmente, na modificação dos estilos de vida do doente tais como alimentação saudável, aumento da actividade física, cessação tabágica e abandono de hábitos alcoólicos. O seguimento de doentes dislipidémicos, feito por farmacêuticos, pode assegurar a utilização racional da terapêutica farmacológica e o seu cumprimento, e evitar o possível aparecimento de problemas relacionados com a terapêutica. O farmacêutico tem ainda um importante papel na comunidade ao aconselhar sobre estilos de vida e alimentação saudáveis, que previnem o aumento dos níveis séricos de colesterol total (CT) e/ou trigliceridos (TG). Objectivo: Avaliar os resultados de um programa de cuidados farmacêuticos (CF) em doentes dislipidémicos. Métodos: Estudo de intervenção, 50 doentes, numa farmácia comunitária de Lisboa, durante 6 meses. Principais critérios de inclusão: idade ≥ 35 anos; apresentação de prescrição com medicação antidislipidémica. Idade média = 65 anos; 68% mulheres. Programa de CF, realizado por um farmacêutico, incluindo modificações dos estilos de vida e monitorização da medicação antidislipidémica, de modo a prevenir, detectar e resolver problemas relacionados com a terapêutica. Entrevistas, de 2 em 2 meses, com medições de CT, TG, PA e glicemia. Resultados: A média de CT diminuiu de 224.04 ± 36 mg/dl para 189.34 ± 25.767 mg/dl (p <0.05); a média de TG também diminuiu de 164.92 ± 98.609 mg/dl para 125.84 ± 36.793 mg/dl (p <0.05). Ainda foram observadas diferenças estatisticamente significativas em outros parâmetros biológicos: glicemia, PAS e IMC. Os doentes aumentaram as suas preocupações alimentares (p = 0.002) e a prática de exercício físico (p = 0.008), melhoraram a aderência à terapêutica e o seu conhecimento sobre a patologia e sobre as MNF (n.º médio aumentou de 1.42 para 1.88). O n.º médio de factores de risco cardiovascular/doente diminuiu de 4.30 para 3.78, com melhoria significativa a nível dos níveis de CT, da obesidade e do sedentarismo. Conclusões: A acessibilidade da farmácia comunitária e a utilização de programas de CF, em áreas como a dislipidemia, permitem que os farmacêuticos, ao colaborar com doentes e outros profissionais de saúde, possam auxiliar os doentes a reduzir o seu risco de doença cardíaca. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 49 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P02 Cuidados Farmacêuticos no Doente Idoso com função renal diminuída SOARES MA, MARTINS SO, MORAIS SA, RODRIGUES B, CABRITA J Introdução: O envelhecimento está associado a alterações que condicionam a resposta aos fármacos, nomeadamente a diminuição da função renal. Esta alteração fisiológica tem implicações farmacocinéticas / farmacodinâmicas a ter em conta aquando da prescrição de certos fármacos. Assim, os Cuidados Farmacêuticos constituem uma estratégia fundamental para o uso mais seguro e eficaz do medicamento nos idosos. Métodos: Estudo realizado numa amostra de 61 utentes do Centro de Apoio Social das Forças Armadas-Oeiras (21 em ambulatório / 40 internados). Critérios de inclusão: idade >/= 65 anos, tomar >/= 1 medicamento referido no anexo 4 da 5ª Edição do Prontuário Terapêutico (fármacos e insuficiência renal). Critérios de exclusão: defeitos cognitivos (avaliado pelo Mini Mental State Examination de Folstein). Os dados foram recolhidos de Outubro 2005 a Janeiro 2006 por entrevista e consulta da ficha clinica. O grau de insuficiência renal (IR) foi determinado pelo valor da clearance da creatinina (ClCr), calculado pela fórmula de Cockcroft-Gault. O 2º Consenso de Granada foi utilizado para classificar os Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM's). Resultados: A média de idades dos doentes foi de 81,9 anos (65-97) e 79% eram mulheres. Cerca de 59% dos idosos apresentavam IR moderada (ClCr>/=30-59 ml/min) e 14.7 % IR grave (ClCr<30 ml/min). Os 61 idosos consumiam diariamente 468 medicamentos diferentes (média: 7,7; intervalo 1-18). Destes, 78 eram referidos no anexo 4 como inadequados (40 por dose excessiva), denunciando uma prevalência de inapropriação medicamentosa de 40% (em 27 dos 61 idosos estudados). Estes casos foram significativamente mais frequentes nos doentes internados (p<0,001). Em 90,2% dos idosos (55/61) foram detectados PRM's, num total de 191 (3,1 PRM/idoso): 34,5% eram PRM's 1, 22% PRM's 6 e 20,9% PRM's 4. Em 46 dos 55 doentes com PRM's (83,6%), o Farmacêutico reportou ao médico, com sugestão de alteração da dose/medicamento. Conclusão: A prevalência de IR, o número de medicamentos por idoso e a frequência de medicação inadequada foram elevadas, particularmente nos doentes internados. Estes dados evidenciam o facto da intervenção do farmacêutico no âmbito dos Cuidados Farmacêuticos poder ser crucial no sentido de minorar o risco de PRM's nos idosos. 50 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P03 Desenvolvimento e Avaliação de um Programa Educativo relativo à asma dedicado a farmacêuticos de uma rede de farmácias de Minas Gerais Josélia Cintya Quintão Pena Frade1,2 ; Fernando Fernandez Llimos3 & Virgínia T. Schall1 1 Laboratório de Educação em Saúde - Centro de Pesquisas René Rachou/Fiocruz - Belo Horizonte – MG 2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz 3 Grupo de Investigação em Atenção Farmacêutica – Universidade de Granada/Espanha frade.mestrado@gmail.com Introdução: A falta de conhecimentos e habilidades dos profissionais de saúde, pacientes e familiares sobre asma e terapia inalatória tem sido apontada como um dos importantes fatores que interferem no controle dessa doença. A Educação em Saúde (ES) é uma alternativa recomendada e com resultados positivos no caso da asma. Porém, em nosso país, são escassos trabalhos desta natureza e não existe nenhuma iniciativa de programa de formação dedicado aos farmacêuticos relativo ao manejo desta doença. Portanto, na perspectiva da ES, foi desenvolvido um programa educativo relativo à asma (PEA) para esses profissionais. Objectivo geral: Desenvolver e avaliar um PEA dedicado a um grupo de farmacêuticos funcionários de uma rede de farmácias, em Belo Horizonte, Brasil. Metodologia: A intervenção educativa (PEA), foi idealizada seguindo as etapas propostas por BEDWORTH: diagnóstico, planejamento, implantação e avaliação (estrutura, processo e resultados). As estratégias adotadas compreenderam: um programa de formação e a construção compartilhada de materiais educativos. Para descrever a implantação e os efeitos do PEA, realizou-se um estudo de caso, de caráter exploratório. Os dados foram coletados por meio de: questionários, entrevistas e grupo focal, no início e final da pesquisa. A análise qualitativa dos dados foi orientada por BARDIN. Resultados: Participaram do estudo 25 farmacêuticos, sendo a maioria mulheres, com idade superior a 30 anos, a mediana do tempo de formados era de nove anos. Observou-se que 88% do grupo estudado assumia função gerencial da farmácia além das atividades técnicas e a principal fonte de informação utilizada no caso da asma era a bula de medicamentos. O baixo nível de conhecimentos e habilidades prévias foi associado à falta de formação relativa a doença em questão e ao fato dos produtos apresentarem lacre. Observou-se ao final da pesquisa grande satisfação dos atores envolvidos com o processo vivenciado, revelada na avaliação de estrutura, processo e resultados do programa. Dentre os materiais educativos construídos, os mais valorizados foram o livro de técnicas de uso dos dispositivos inalatórios e um “kit” de placebos para simulação junto aos usuários. A análise dos resultados propriamente dita demonstrou um aumento de conhecimento sobre asma e desenvolvimento de habilidades no manuseio de dispositivos inalatórios. Relatos evidenciaram uma tendência a novas atitudes e maior percepção dos profissionais sobre o seu papel no controle da asma. Considerações finais: a participação dos farmacêuticos em um PEA os possibilitou em um curto período de tempo, um maior empoderamento para o manejo da asma à medida que contribuiu para diminuir os Gap’s (lacunas) entre o saber e o fazer. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 51 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P04 Caracterização dos medicamentos antidiabéticos usados por doentes de um estudo multicêntrico de Cuidados Farmacêuticos Diogo Pilger1, Paula Iglésias2, Henrique Santos3, Maria José Fáus Dáder4 1 - Mestre em Epidemiologia. Aluno de Doutoramento da Universidad de Granada – Espanha 2 – Mestre em Farmácia Assistencial. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona - Portugal 3 – Mestre em Farmácia Assistencial. Farmacêutico Comunitário. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona – Portugal. 4 – Doutora em Farmácia. Directora del Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica. Universidad de Granada - Espanha. Introdução: Doentes diabéticos, em geral, são doentes polimedicados com esquemas terapêuticos para tratar outras doenças crónicas. Objectivo: Descrever o padrão de utilização dos medicamentosos usados por um grupo de doentes diabéticos participantes de um estudo multicêntrico. Método: Estudo descritivo transversal. Os doentes são diabéticos participantes de um estudo multicêntrico que avalia a acção de um Programa de Cuidados Farmacêuticos nos seus resultados clínicos durante um ano de acompanhamento. O número total de doentes deste estudo é 160, distribuídos em 10 farmácias de Portugal. O processo de aleatorização foi central. Os doentes para participar deste estudo deveriam estar em tratamento para diabetes mellitus, ter idade superior a 18 anos e o valor da hemoglobina glicosilada (HbA1c) superior a 6,5%. Os medicamentos tomados pelos doentes foram obtidos numa entrevista clínica realizada no início do estudo utilizando um formulário padrão do Método Dáder de Seguimento Farmacoterapêutico. A caracterização é uma análise descritiva simples dos medicamentos realizada em programa informático (SPSS v12.0). Resultados preliminares: A análise das características da população demonstrou que: 60% (17/28) são mulheres, 82% (23/28) tem mais de 60 anos, 78% (22/28) tem diagnóstico de diabéticos há mais de 5 anos e 46% (13/28) deles são obesos (IMC> 30kg/m2). O perfil terapêutico revelou uma média de 6,7 medicamentos por doente (DP 1,7), 18% (5/28) destes administram insulina e 60% (17/28) usam metformina (biguanida), além disso 36% (10/28) fazem monoterapia para tratamento da diabetes mellitus. Setenta e oito porcento (22/28) fazem tratamento para hipertensão e 50% (14/28) realizam tratamento para hipercolesterolemia. Conclusão: Os doentes diabéticos são doentes polimedicados e frequentemente em tratamento para outras doenças crónicas como hipertensão e hipercolesterolemia. Pode-se concluir que o primeiro passo para melhorar os resultados da utilização da farmacoterapia (efectividade e segurança) deve ser conhecer em profundidade o padrão de utilização dos medicamentos. 52 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P05 Rastreio de Diabetes mellitus tipo 2 em 10 Farmácias de Portugal Diogo Pilger1, Paula Iglésias2, Henrique Santos3 1 - Mestre em Epidemiologia. Investigador Associado do Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona - Portugal. 2 – Mestre em Farmácia Assistencial. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona Portugal. 3 – Mestre em Farmácia Assistencial. Farmacêutico Comunitário. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona – Portugal. Introdução: A diabetes mellitus tem uma grande implicação na saúde pública, tanto pela morbidade, mortalidade como pelos custos com as complicações. A detecção precoce e o tratamento imediato podem reduzir a gravidade da diabetes assim como as suas futuras complicações. A responsabilidade do farmacêutico perante doentes com factores de risco passa pela detecção precoce da diabetes mellitus tipo 2, através da realização de testes de rastreio nas farmácias, assim como, contribuir para que o doente se dirija ao médico, caso seja suspeito de diabetes mellitus. Objectivo: O objectivo deste trabalho foi acelerar o diagnóstico precoce da diabetes mellitus tipo 2 através da identificação de suspeitos em 10 farmácias comunitárias em Portugal. Método: Desenvolveu-se uma folha de registro e uma metodologia de avaliação. Utentes com mais de 45 anos e mais algum factor de risco eram convidados ao rastreio. Os factores de risco considerados foram: IMC > 25 kg/m2, hipertensão arterial (> 140/90 mmHg) ou problemas do coração, história familiar de diabetes, mulher com história de diabetes na gravidez ou filhos com peso superior a 4 kg à nascença. Além dos factores de risco foram avaliados a presença de sinais e sintomas e medida a glicemia do utente. A equipe da farmácia recebeu treinamento para realizar o rastreio. O processo foi dividido em 2 etapas: a identificação do utente como suspeito e encaminhamento para o diagnóstico médico. Resultados parciais: O rastreio foi realizado em 10 farmácias comunitárias de Portugal, sendo que foram rastreados 353 doentes em 4 semanas de campanha, sendo destes 56 (16%) identificados como suspeitos e encaminhados ao médico. Até a data de encerramento desta avaliação, 32 destes consultaram o médico e 11 (34%) confirmaram a suspeita, com instituição de terapêutica medicamentosa. A taxa de eficácia do rastreio foi de 3%. Conclusão: O processo de rastreio de diabetes mellitus tipo 2 em farmácia comunitária contribui para acelerar o diagnóstico precoce desta patologia a um custo controlado. Este tipo de rastreio permite introduzir os doentes recém-diagnosticados em seguimento farmacoterapêutico. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 53 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P06 Caracterização dos suspeitos de diabetes mellitus tipo 2 Identificados nas Farmácias de Estágio dos Alunos da Licenciatura em Ciências Farmacêuticas da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Paula Iglésias1, Diogo Pilger2, Henrique J. Santos3, Vera Quaresma4 1 - Mestre em Farmácia Assistencial. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona (GICUFULHT)-Portugal. 2 - Mestre em Epidemiologia. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona (GICUF-ULHT)Portugal. 3 - Mestre em Farmácia Assistencial. Farmacêutico comunitário. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona (GICUF-ULHT)-Portugal. 4 - Aluna colaboradora do Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona (GICUF-ULHT)Portugal. Introdução: A prevalência mundial de diabetes mellitus é de 5.1% (194 milhões). Estima-se que no ano 2025 seja de 6.3% (333 milhões). A diabetes tipo 2 geralmente é assintomática na fase inicial. Aproximadamente um terço de toda a população com diabetes não está diagnosticada. A responsabilidade do farmacêutico perante o diabético passa pela detecção precoce da diabetes mellitus tipo 2, através da realização de testes de rastreio da diabetes nas farmácias, em utentes que apresentem um ou mais factores de risco, assim como, contribuir para que o doente se dirija ao médico, caso seja suspeito de diabetes mellitus. Objectivos: Acelerar o diagnóstico precoce de diabetes mellitus tipo 2 através da identificação de suspeitos nas farmácias comunitárias. Caracterizar sócio-demograficamente os suspeitos. Método: Rastreio de diabetes mellitus. Realizado em farmácias com um ou mais estagiários da Universidade Lusófona durante o mês de Dezembro de 2005. Todas as pessoas com 45 ou mais anos que entraram nas farmácias aderentes e que apresentavam, pelo menos, um factor de risco para a diabetes mellitus tipo 2 foram convidadas para fazer um teste de glicemia gratuito e a responder a um questionário de caracterização breve. Os estagiários receberam formação específica. A introdução dos dados e o tratamento estatístico foram efectuados recorrendo ao programa informático SPSS versão 12.0. Resultados: Das 29 farmácias com estagiário em Dezembro, 21 aceitaram participar: taxa de participação de 72,4%. Foram realizados 396 testes em 362 utentes. Identificou-se 12,2% (44/362) utentes suspeitos de diabetes mellitus, destes apenas 21 foram ao médico e a proporção de diabéticos confirmados (com diagnóstico médico) foi de 23,8% (5/21). Dos 362 utentes: 59,9% são mulheres; 31.4% têm entre 55-64 anos; 75,0% sofrem de obesidade grau 1. A maioria (40.8 %) apresenta 4 ou mais factores de risco. Dos 44 suspeitos: 52,4% são homens; 34,1% têm entre 65-74 anos; 85,9% sofrem de obesidade. A maioria (56,8%) apresenta 4 ou mais factores de risco. Conclusão: O rastreio de diabetes mellitus tipo 2 no setting farmácia comunitária contribui para acelerar o diagnóstico precoce desta patologia a um custo controlado. Este tipo de rastreio permite introduzir os doentes recém-diagnosticados em seguimento farmacoterapêutico. 54 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P07 Rastreio de tabagismo em farmácia comunitária: ensaio piloto Paula Iglésias1, Henrique J. Santos1, Marina Pinto Leal2, Carla Fonseca2, Sofia Guimas3, Catarina Maia Passos3, Vanina Gertrudes4, Ana Cruz5, Ana Rosa5 1-Mestre em Farmácia Assistencial. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos-Universidade Lusófona. Portugal. 2-Farmacêutico comunitário. Farmácia Comunitária. Portugal. 3-Aluna do 6º ano de Ciências Farmacêuticas da Universidade Lusófona. Estagiária em Farmácia Comunitária. Portugal. 4- Aluna do 6º ano de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Coimbra. Estagiária em Farmácia Comunitária. Portugal. 5-Aluna colaboradora do Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona (GICUF-ULHT)Portugal. Introdução: O tabagismo é a principal causa evitável de morte e de doença no mundo. Em Portugal há cerca de 2 milhões de fumadores. A luta contra o tabagismo assenta em 3 pilares: prevenção, tratamento e controlo. Para o farmacêutico comunitário intervir adequadamente tem de conhecer as características dos seus utentes fumadores, deste modo o primeiro passo para definir um plano de tratamento é caracterizar os seus utentes. Objectivos: Caracterizar os fumadores sócio-demograficamente. Caracterizar os hábitos tabágicos, o grau de dependência do tabaco, o grau de motivação e o horizonte temporal em que pretendem deixar de fumar. Caracterizar os conhecimentos dos fumadores sobre os métodos para deixar de fumar, e os profissionais de saúde que os podem ajudar. Informar os fumadores sobre os métodos para deixar de fumar e os profissionais de saúde que o podem ajudar. Em ambiente de farmácia comunitária testar o formulário da Campanha de Rua: Por Si, Pomos a Mão no Fogo! Identificar oportunidades de melhoria na intervenção do farmacêutico para a redução da taxa de prevalência de fumadores em Portugal. Método: Estudo descritivo transversal. Três farmácias comunitárias seleccionadas por conveniência realizaram um rastreio de tabagismo no dia 17 de Novembro de 2005 – Dia Nacional do Não Fumador. Utilizou-se o formulário concebido para a Campanha de Rua: Por Si, Pomos a Mão no Fogo!. Os farmacêuticos perguntaram a todos os utentes que entraram na farmácia se fumavam ou não. Aos fumadores foi feita uma breve entrevista de caracterização. Análise estatística descritiva dos dados. Resultados: Dos fumadores entrevistados 52,2% são homens; 44,7% vivem com crianças; 14,9% começaram a fumar aos 15 anos e 23,4% aos 18 anos; 87,5% fumam todos os dias; grau de dependência baixo: 68,1%, médio: 23,4%, elevado: 8,5%; grau de motivação para deixar de fumar fraca: 66,7%, média: 31,1%, forte: 2,2%; 59,5% manifestou vontade de deixar de fumar e destes 16,7% no próprio dia, 4,2% na próxima semana, 29,2% no próximo mês e 50% no próximo ano. Conclusão: O ensaio piloto do rastreio de tabagismo permitiu identificar as características dos fumadores e conduziu a uma caracterização das funções do farmacêutico na cessação tabágica. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 55 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P08 Gestão dos medicamentos em dois lares de idosos: Aquisição, Armazenamento, Distribuição e Administração Lourenço L.1 , Iglésias P.2 1-Aluna do 4º ano da Licenciatura Bi-etápica em Farmácia da Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches. Portugal. 2-Orientadora do projecto de investigação. Mestre em Farmácia Assistencial. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona (GICUF-ULHT). Introdução: Em Portugal, segundo dados de 2004, existem 1517 lares legais, com capacidade para 58556 idosos. Os utentes dos lares apresentam várias patologias, são polimedicados e muitos não são autónomos na gestão da medicação. Os medicamentos exigem uma gestão apropriada do seu circuito nos lares: aquisição, armazenamento, distribuição e administração aos doentes. A intervenção do farmacêutico e do técnico de farmácia pode ser fundamental neste processo. Objectivos: 1.Caracterizar os lares; 2. Caracterizar os utentes; 3. Caracterizar o sistema de gestão de medicamentos, que envolve a aquisição, condições de armazenamento e conservação, sistema de distribuição, processo de administração e gestão dos medicamentos do “stock de urgência”. Método: Estudo descritivo, transversal, realizado em dois lares de idosos, seleccionados por conveniência. A recolha de informação foi efectuada através de uma entrevista estruturada ao responsável pela gestão dos medicamentos de cada lar, em Abril de 2006. A base de dados será efectuada recorrendo ao programa SPSS versão 13.0. Estatística descritiva. Resultados: Lar A: privado, 15 utentes; Lar B: privado com subsídios estatais, 60 utentes internos. Ambos possuem médico e enfermeiro em tempo parcial. Prescrições efectuadas pelo médico do lar, por doente. Aquisição dos medicamentos no lar A efectuada pela enfermeira responsável pelo sistema, no lar B por um funcionário do lar. Medicação armazenada na Área de saúde. Em ambos, a preparação da terapêutica é efectuada para cada doente. Lar A: preparação diária; Lar B, semanal. A medicação é administrada por outro funcionário, no horário das refeições. Conclusão: O técnico de farmácia pode desenvolver funções de gestão dos medicamentos nos lares, podendo assumir responsabilidades na aquisição, armazenamento, distribuição e na administração dos medicamentos nos lares de idosos, instalando melhorias no sistema de gestão de medicamentos adequado a cada tipo de instituição sob a orientação de um farmacêutico. O farmacêutico pode e deve dirigir a sua intervenção para a avaliação dos resultados da utilização da farmacoterapia nestes doentes, assumindo assim funções clínicas diferenciadas. Por redução de erros e de problemas relacionados com os medicamentos (PRM), essas funções contribuem tentativamente para uma melhor utilização dos medicamentos nestas instituições. 56 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P09 Seguimento Farmacoterapêutico na Adicção Tabágica em Farmácia Comunitária Sofia A. Monteiro Rodrigues Farmácia Reis Oliveira, Rua Cidade Nampula, lote 534, Olivais Sul, 1800-105 Lisboa, Portugal farmaciaroliveira@sapo.pt Introdução: O tabagismo é actualmente considerado e referido como sendo a principal causa evitável de doença e morte nas sociedades mais avançadas. O consumo de tabaco é causa relevante de morbilidade e mortalidade, estando na base de várias neoplasias, doenças cardio-respiratórias e vasculares, e de complicações durante a gestação. Trata-se de uma doença crónica, considerados os seus contornos de dependência semelhantes às dos opiáceos e cocaína, o que explica a grande dificuldade de abandono referido pela maioria dos consumidores. A farmácia comunitária constitui um local privilegiado para a abordagem clínica destes doentes, através do seguimento farmacoterapêutico, e da prevenção da adicção tabágica através da educação para a saúde. O presente estudo pretende avaliar os resultados do seguimento farmacoterapêutico. Métodos: Foram incluídos 4 pacientes, 3 homens e 1 mulher (27-70 anos de idade). Foi seguida toda a metodologia de Seguimento Farmacoterapêutico desenvolvida pelo GICUF-ULHT. (Consulta de Indicação Farmacêutica; Folha de Avaliação do Tabagismo; Avaliação dos graus de Dependência e Motivação; Folha de Monitorização). Nas terapêuticas de substituição instituídas para cada caso, constaram apenas adesivos transdérmicos e pastilhas mastigáveis, das diferentes marcas e doses existentes no mercado. Resultados: Dois dos quatro pacientes seguidos, com 27 e 37 anos respectivamente, abandonaram a terapêutica entre a segunda e terceira semanas de tratamento, por se sentirem capazes de, por si só, não fumarem mais. Destes, um deixou de fumar há 19 semanas e o outro há 12 semanas. Contudo, mantiveram visitas regulares à farmácia afim de proceder às monitorizações referentes ao método (peso e TA). De salientar que os pacientes registaram um grau de motivação elevado, no teste de Richmond, para um grau de dependência médio, no teste de Fagerström. Os outros dois pacientes, de idade mais avançada (61 e 70 anos), continuam com a terapêutica instituída, com visitas semanais para monitorização dos parâmetros e ajustes de dose. Discussão/Conclusão: O estudo parece confirmar que o Seguimento Farmacoterapêutico, como descrito, facilita o sucesso da terapêutica na cessação tabágica. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 57 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P10 Avaliação da farmacoterapia num doente com Quisto Hidático: Caso Clínico de Seguimento Farmacoterapêutico - Método Dáder Grilo, Mª1; Duarte Mª João; Freitas, Ana M.; Catarino, Mª Helena; Marques, Joana; Paixão, Patrícia M.; Pereira, Mª Teresa 1 – Aluna estagiária no Hospital CUF Descobertas do curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade Lusófona Humanidades e Tecnologias. Autor para correspondência: Maria Grilo Silva Departamento de Ciências da Saúde Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Campo Grande, 376 1749-024 Lisboa e-mail: mariagrilosilva@hotmail.com Introdução: O seguimento farmacoterapêutico é uma prática profissional em que o farmacêutico se responsabiliza, em colaboração com o doente e com os outros profissionais de saúde, pelos resultados dos medicamentos que o doente toma, através da detecção, resolução e prevenção de Problemas Relacionados com os Medicamentos (PRM). Este trabalho surge como resultado do projecto de implementação de Seguimento Farmacoterapêutico no Hospital CUF Descobertas. Objectivo: Avaliar a farmacoterapia de um doente em seguimento farmacoterapêutico com Quisto Hidático recorrendo à classificação do Segundo Consenso de Granada sobre Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM) e à sistemática de identificação preconizada pelo Método Dáder. Método: O Método Dáder de SFT foi utlizado na avaliaçao da farmacoterapia. este método é baseado na história farmacoterapeutica do doente, ou seja, nos medicamentos utilizados pelo doente, nos problemas de saúde apresentados e na avaliação do estado de situação relativo a uma determinada data, com o objectivo de identificar, prevenir e resolver os possiveis PRM. Resultados: Foi detectado um PRM 3 e 5 (PRM apoiado) resultado de uma inefectividade não quantitativa e de uma insegurança não quantitativa devido à elevação da Proteína C Reactiva (PCR) e ao risco de hipoalbuminémia causado pela Ceftriaxona. Esta elevação do PCR conduziu a um PRM 1 devido a uma não utilização da farmacoterapia necessária. Também foi detectado um PRM 4, resultado de uma inefectividade quantitativa do Albendazol. Em consequência da intervenção farmacêutica efectuada no último PRM referido, o médico alterou a posologia resolvendo-se o problema de saúde. Conclusão: O método Dáder de seguimento farmacoterapêutico é uma ferramenta de avaliação da farmacoterapia que têm como objectivo a obtenção de um maior benefício (efectividade e segurança) da terapêutica. O seguimento deve ser prestado de forma contínua, sistemática e documentada, em colaboração com o próprio doente e com todos os profissionais de saúde, com o objectivo de alcançar resultados concretos que garantam uma melhor qualidade de vida do doente. Perante os resultados, francamente positivos, obtidos neste caso clinico, não só reforçamos a necessidade da implementação do Seguimento Farmacoterapeutico no Hospital Cuf Descobertas mas também aconselhamos a adesão a esta prática ao nível de todos os hospitais do país, cujo o objectivo seja a qualidade de vida e bem estar do doente. 58 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P11 Inefectividade Quantitativa dos Antagonistas dos Adrenérgicos β1 numa doente idosa: Caso Clínico de Farmacoterapêutico - Método Dáder Receptores Seguimento Manuel Fitas 1 1 – Licenciado em Ciências Farmacêuticas. Farmacêutico Comunitário na Farmácia Reis Oliveira. Autor para correspondência: Manuel Fitas Estrada da Rocha nº41 1ºD 2795-167 Linda-a-Velha e-mail: m.fitas@netcabo.pt Introdução: Nos últimos anos tem-se assistido a uma mudança de mentalidades, sobretudo dentro da classe farmacêutica, que se traduz na assunção de “novas”responsabilidades centradas na monitorização farmacoterapêutica e informação sobre medicamentos como forma de assegurar o bem-estar dos doentes e evitar os problemas relacionados com medicamentos (PRM)]. O Seguimento Farmacoterapêutico (SFT) é um processo através do qual o farmacêutico coopera com o paciente e outros profissionais de saúde mediante a elaboração, execução e monitorização de um plano terapêutico que produzirá resultados específicos para o doente. Objectivo: Avaliar a farmacoterapia de uma doente idosa em seguimento farmacoterapêutico recorrendo à classificação do Segundo Consenso de Granada sobre problemas relacionados com medicamentos. Materiais e Métodos: A uma doente que apresentava queixas de tremores e tonturas, bem como um batimento cardíaco muito rápido e irregular foi realizado Seguimento Farmacoterapêutico através do Método Dáder. Este método divide-se em três fases fundamentais: a) obtenção da história farmacoterapêutica do doente; b) avaliação do estado de situação do doente; c) intervenção farmacêutica com o intuito de prevenir ou resolver os PRM identificados. No final é realizada a avaliação dos resultados obtidos. Uma vez estudada a farmacoterapia é identificado uma suspeita de um Problema Relacionado com um Medicamento (PRM 4) pela inefectividade quantitativa do medicamento Atenolol. Resultados e Conclusão: Em consequência da intervenção farmacêutica efectuada, o doente cumpriu a medicação prescrita pelo médico e, consequentemente, a sintomatologia desapareceu. Segundo a literatura consultada, a interrupção abrupta do Atenolol pode conduzir a um aumento súbito do tónus adrenérgico e, consequentemente a um aumento da pressão arterial, exacerbação de episódios anginosos, taquicardia ou morte súbita. O Seguimento Farmacoterapêutico demonstrou ser um instrumento útil para o exercício da prática farmacêutica porque, através da resolução de PRM, ajudou a melhorar a qualidade de vida da doente. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 59 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P12 Insegurança Não Quantitativa da Ezetimiba num doente caucasiano. Caso Clínico de Seguimento Farmacoterapêutico – Método Dáder Almeida Freire, R.1, Anes, A. M.1, Iglésias, P. 2, Santos, H.2. 1 – Unidade de Farmacovigilância de Lisboa e Vale do Tejo 2 – Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona Introdução: O Seguimento Farmacoterapêutico, incluido nos Cuidados Farmacêuticos, permite a detecção, prevenção e resolução de Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM) e deve ser realizado de modo contínuo, sistemático e documentado. Os PRM são entendidos como resultados clínicos negativos, derivados da farmacoterapia que, produzidos por diversas causas, conduzem à não realização do objectivo terapêutico ou ao aparecimento de efeitos não desejados (II Consenso de Granada, 2002). A prestação deste serviço por parte dos farmacêuticos ajuda os doentes a obterem o máximo benefício dos seus medicamentos e a melhorar a sua qualidade de vida. Objectivos: Avaliar a farmacoterapia de um doente de forma a identificar, prevenir e resolver possíveis PRM. Método: Foi avaliada a farmacoterapia de um doente em Seguimento Farmacoterapêutico recorrendo à classificação do II Consenso de Granada sobre PRM e à sistemática de identificação preconizada pelo Método Dáder. Com a identificação de um PRM realizou-se a Intervenção Farmacêutica para tentar resolvê-lo e posteriormente avaliaram-se os resultados obtidos. Resultados: Foi detectado um PRM 5 por insegurança não quantitativa da ezetimiba num doente do sexo masculino com 54 anos. A administração de ezetimiba 10 mg/dia em associação com 10 mg/dia de rosuvastatina para tratamento de deslipidemia produziu problemas de saúde, nomeadamente, dores musculares, falta de força nas pernas, dores nas mãos e joelhos, falta de líbido, obstipação, tonturas e vertigens. Em consequência da intervenção farmacêutica efectuada (oral farmacêuticodoente-médico) o doente suspendeu a toma de ezetimiba e os problemas de saúde associados foram resolvendo gradualmente durante 1-2 meses até recuperação total. O tratamento posterior para a deslipidemia em monoterapia com 10 mg/dia de rosuvastatina demonstrou ser seguro, efectivo e necessário, tendo o doente deixado de apresentar qualquer PRM. Conclusão: A opção terapêutica de suspender a ezetimiba mostrou-se adequada. A Intervenção Farmacêutica realizada permitiu resolver o problema de saúde apresentado pelo doente, contribuindo para uma melhoria dos resultados da farmacoterapia e consequentemente da sua qualidade de vida. 60 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P13 Contributo para acelerar a “Fase de estudo” no processo de Seguimento Farmacoterapêutico em Pediatria Dinah Duarte ULHT, INFARMED Introdução: O acesso a fontes de informação isentas, credíveis e actuais são uma forma de comprovar a relação causal e solucionar problemas relacionados com medicamentso (PRM), em Seguimento Farmacoterapêutico (SF). Nesta “Fase de estudo” (FE) é fundamental a informação acerca das indicações terapêuticas aprovadas e intervalos de doses (mínima eficaz e máxima segura). Os medicamentos de uso pediátrico constituem um desafio, devido à heterogeneidade dos escalões etários considerados e impossibilidade de extrapolação de resultados clínicos entre adultos e crianças. O tratamento farmacológico da dor em pediatria é um problema importante, pois está demonstrado que a dor é comum em todas as crianças. Objectivos: Análise retrospectiva da informação pediátrica em medicamentos aprovados em Portugal, na área terapêutica da dor, como forma de contribuir para acelerar a FE no processo de SF em pediatria. Métodos: Inventário dos medicamentos aprovados em Portugal com indicação terapêutica na dor, de acordo com as substâncias activas (SA) consideradas pelo grupo europeu de peritos em pediatria (Paediatric Expert Group), através do Infomed (base dados INFARMED). Análise quantitativa das variáveis, com recurso ao Excel. Análise critica dos Resumos Características Medicamento (RCM). Resultados: Dos 230 medicamentos aprovados nas SA consideradas – Morfina, Fentanilo, Diclofenac, Tramadol, Metamizol e Cetoprofeno - 85 (40%), possuíam RCM disponível. Destes, 8 (9,3%), eram omissos relativamente ao uso pediátrico. Não existe referência à pediatria nas “Indicações Terapêuticas” aprovadas, para nenhum RCM avaliado. A posologia pediátrica é indicada em 43 RCM (50,5%), dos quais 25 para crianças com idade superior a 12/14 anos. Discussão/Conclusão: Dos resultados obtidos conclui-se que a informação pediátrica dos RCM analisados é insuficiente. Para a mesma SA, existem diferenças em termos de indicação, limites de idade e posologia pediátrica. Não existe informação posológica para idades inferiores a 12 anos, na maioria dos RCM analisados. Esta avaliação pretende ser uma análise pontual de um processo dinâmico, no entanto, a informação recolhida permanecerá válida e eventualmente útil na FE do processo de SF, com a maximização da efectividade do medicamento prescrito e minimização dos possíveis PRM. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 61 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P14 Caracterização dos hábitos tabágicos dos alunos da Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches Rita Gomes1, Paula Iglésias2 1 - Aluna do 4ºano da Licenciatura Bi-etápica em Farmácia, Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches. Portugal. 2 - Orientadora do projecto de investigação. Mestre em Farmácia Assistencial. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona (GICUF-ULHT). Portugal. Introdução: O tabagismo é a principal causa evitável de morbilidade e mortalidade a nível mundial. No Inquérito Nacional de Saúde realizado em 1998-1999 em Portugal, 19% dos inquiridos referiu ser fumador, enquanto que a prevalência de universitários fumadores, entre 1990–2000, era de 47,4% nos homens e 42,5% nas mulheres. A população do ensino superior, em especial da área da saúde, reveste-se de um grande interesse epidemiológico pois pode ser um importante indicador da prevalência de fumadores adultos e profissionais de saúde num futuro próximo. Objectivos: 1. Estimar a prevalência de fumadores na ERISA; 2. Identificar as diferenças no consumo por sexo, idade, curso, ano lectivo, IMC; 3. Caracterizar a história tabágica; 4. Identificar os factores que conduziram à sua iniciação; 5. Avaliar a exposição ao fumo na escola e em casa. Método: Estudo descritivo transversal. A população em estudo corresponde ao universo dos estudantes da ERISA (cerca de 500 alunos). Informação recolhida com questionários autoadministrados, confidenciais, anónimos e voluntários, durante o mês de Abril e Maio de 2006. A introdução dos dados e o tratamento estatístico foram efectuados recorrendo ao programa informático SPSS versão 13.0. Estatística descritiva. Resultados prévios: A prevalência de fumadores foi de 68,75%. Dos indivíduos do sexo feminino 38,46% não são fumadores e os restantes fumadores. Em relação ao sexo masculino todos os indivíduos referiram ser fumadores. Em relação aos indivíduos com IMC superior a 25.0 verificou-se uma maior prevalência (100%) quando comparados com os indivíduos com o IMC inferior a 24.9 (61,5%). De todos os fumadores 72,72% já fumavam antes do ingresso no ensino superior. Conclusão: Reconhecendo que o tabagismo é um problema de saúde pública com consequências devastadoras e que alguns jovens fumadores continuam a fumar no ensino superior e que outros iniciam o consumo de tabaco nesta etapa das suas vidas, torna-se importante conhecer em profundidade a dimensão deste problema. Este estudo permite conhecer melhor o problema do tabagismo nos estudantes do ensino superior e abrir caminho para futuras iniciativas que contribuam para uma luta mais eficaz contra o tabagismo. 62 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos P15 Capacidade imunogénica relativa do carrier de vacinas polissacarídicas antimeningocócicas (serogrupo C) Sónia Silva; Carlos Sinogas Universidade de Évora, Portugal As meningites são doenças de etiologia viral ou bacteriana, potencialmente fatais e, por isso, temidas em todas as faixas etárias. Têm elevadas probabilidades de deixar sequelas graves, principalmente ao nível do foro neurológico. A prevenção destas infecções, nomeadamente as infecções bacterianas, passa pela criação de uma vacina capaz de proteger contra todas as estirpes do agente infeccioso mais comum entre as crianças: a Neisseria meningitidis. Estão apenas disponíveis no mercado vacinas para os serogrupos A e C. Notícias alarmantes sobre a doença em Portugal induziram uma elevada procura destas vacinas para protecção das crianças contra a infecção provocada pela Neisseria meningitidis-C. Em sequência as autoridades portuguesas introduziram estas vacinas no Plano Nacional de Vacinação (MenC), segundo um esquema de administração inicial aos 3 meses seguido de dois reforços aos 5 e 15 meses. Em opinião pública, a autoridade de saúde não recomenda o uso de vacinas diferentes no esquema de vacinação. Os dois tipos de vacinas MenC disponíveis têm por base a mesma substância activa, o polissacárido extraído da bactéria conjugado com diferentes proteínas transportadoras (toxóide tetânico e diftérico) para indução de resposta imunitária mais intensa e duradoira. Ao contrário da recomendação citada, é concebível que qualquer das vacinas possa ser reforçada com a utilização da outra, dado que o que se pretende é uma resposta secundária ao componente polissacarídico. Pretendendo avaliar a possível intercambialidade entre os dois tipos de vacina MenC, procedeu-se à imunização inicial de lotes de cabras com ambas as vacinas e posterior reforço (4 semanas depois) de cada um dos grupos com a mesma e a outra vacina. Recolheram-se amostras semanais de soro de todos os animais, durante 10 semanas, para análise por ELISA para avaliação dos títulos antiMenC como potenciais indicadores da evolução da imunização dos animais. Os resultados obtidos até ao momento não indiciam a ocorrência de respostas imunes secundárias diferentes nos vários grupos de animais. De acordo com estes resultados, os níveis de imunização induzidos pela segunda administração dos imunogénios não se relacionam seja com o tipo de vacina utilizada na imunização primária, seja com o tipo de vacina administrada nos reforços. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 63 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Patrocinadores e outros apoios Patrocinadores: Outros apoios: Secretariado e Informações Os pedidos de informação devem ser dirigidos a ALIES – GICUF Secretariado A/c de Dra. Paula Almeida Departamento de Ciências da Saúde, ULHT Campo Grande 376, 1749-024 Lisboa ℡: (+351) 21 7515550 (+351) 21 7515598 e-mail: sec.dcs@ulusofona.pt www.dcs.ulusofona.pt 64 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Conclusões do simpósio Mesa 1 - Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação Texto elaborado pelo facilitador da mesa: Amílcar Roberto 1. A situação dos Cuidados Farmacêuticos em Espanha foi apresentada pela Professora Maria José Faús. Referiu que os Cuidados Farmacêuticos nas suas três componentes, Dispensa, Aconselhamento e Seguimento Farmacoterapêutico, são desde 2001 reconhecidos pelo Estado de grande importância para o paciente no que ao uso seguro e eficaz do medicamento diz respeito pelo que tem legislado sobre o assunto. Foi salientado o carácter inovador da vertente do Seguimento Farmacoterapêutico e a sua especial importância para serem atingidos os objectivos dos Cuidados Farmacêuticos. Actualmente decorre o Fórum de Atenção Farmacêutica em que participam Autoridades Sanitárias, Grupos profissionais especializados e científicos que fazem a avaliação do Programa Dáder como metodologia para a execução do Seguimento Farmacêutico. Este Programa está a ser utilizado em diversos projectos de investigação. 2. O ponto da situação em Portugal foi depois feito pela Dra Helena Martinho que começou por apresentar alguns dados estatísticos referentes ao número de Farmácias e de Farmacêuticos no país. Referiu a implementação de Sistemas de Gestão de Qualidade baseados em normas internacionais (ISO) nas Farmácias, sendo a parte específica da profissão farmacêutica feita através das “Boas Práticas de Farmácia”. A partir de 2001 esta implementação passou a servir para o desenvolvimento e expansão da filosofia dos Cuidados Farmacêuticos e Seguimento Farmacoterapêutico. No país são praticadas duas metodologias para a execução do Seguimento Farmacoterapêutico, o Programa de Cuidados Farmacêuticos e o Programa Dáder. 3. A apresentação sobre Cuidados Farmacêuticos no espaço lusófono não foi realizada por falta do apresentador, Dr João Silveira. 4. Salienta-se que os Cuidados Farmacêuticos em Portugal e Espanha são encarados de modo diferente remetendo o Estado Português a responsabilidade para regulação do exercício da profissão feita pela Ordem dos Farmacêuticos enquanto que em Espanha o estado assume a responsabilidade directa através da produção de legislação dedicada. A colaboração entre os grupos profissionais envolvidos continua a apresentar resistência por parte dos médicos, especialmente as cúpulas das suas organizações corporativas. A promoção de reuniões alargadas tem procurado remover as barreiras entre os grupos, que só ao paciente prejudicam. Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 65 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Mesa 2 - Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados primários Texto elaborado pelo facilitador da mesa: Inês Brito A apresentação incide na importância dos Cuidados Farmacêuticos na farmácia e estratégias de implementação deste serviço sob o ponto de vista prático de funcionamento. Aspectos como a organização, o espaço, as fontes para a fase de estudo, a gestão do tempo, o perfil pessoal de cada farmacêutico, o marketing do serviço, a satisfação, as habilidades de comunicação, a formação foram abordados do ponto de vista do que pode ajudar e dificultar a realização desta prática clínica diferenciada. Levantou-se a seguinte questão: a dispensa é uma barreira para implementar o SF? É necessário realizar mais estudos para responder com evidência a esta pergunta. Apresentou-se um estudo sobre a percepção de 15 farmacêuticos com formação pós-graduada em SF que estão integrados em 10 farmácias que prestam este serviço. Destacou-se a importância de desenhar estratégias diferentes para a implementação e para a manutenção deste serviço clínico diferenciado de um modo sustentado. Geralmente, o SF é uma actividade de projecto e o desafio é transformá-la numa actividade de rotina. Foram apresentadas sucintamente as metodologias utilizadas pelo SIMED na resposta a pedidos de informação clínica, em concreto dúvidas sobre casos de seguimento, e onde ficou demonstrado a sua aplicabilidade na resolução de problemas relacionados com o medicamento em casos clínicos de seguimento farmacoterapêutico. Ficou claro que este apoio é fundamental para ajudar os farmacêuticos a resolver os seus casos clínicos. Mesa 3 - Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados primários Texto elaborado pelo facilitador da mesa: Teresa Aires Pereira As comunicações e os trabalhos apresentados pelos palestrantes desta mesa pretenderam demonstrar a importância do papel do Seguimento Farmacoterapêutico como mais uma área dos Cuidados Farmacêuticos a nível hospitalar. Foi-nos mostrado o êxito de uma experiência de seguimento farmacoterapêutico num serviço de Urgência e Cuidados Intensivos, que nos dá ideia da grande percentagem de doentes que ocorrem aos serviços de urgência por PRMs, a sua gravidade e evitabilidade e também o importante reflexo que os mesmos têm ao nível dos custos. Foi também evidenciada a importância da reestruturação dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares de forma a que os farmacêuticos passem a desenvolver a sua actividade em acções maioritariamente de farmácia clínica e em programas de atenção farmacêutica ao doente internado e ao doente 66 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos ambulatório, delegando as restantes tarefas noutros profissionais de saúde treinados e competentes e recorrendo o mais possível à informatização. Pela apresentação da experiência de implementação do programa de seguimento farmacoterapêutico em serviços de internamento hospitalar, evidenciou-se mais uma vez a importância do método de Dáder como forma de sistematizar uma prática que, embora já existente, carecia de normalização e registo para melhor se auto-regular, permitindo a efectiva documentação de uma das áreas mais nobres da actividade do Farmacêutico Hospitalar. O Farmacêutico contribui para que se alcance a máxima efectividade da terapêutica farmacológica instituída, minimizando o risco que lhe está associado, assumindo portanto um papel importantíssimo no êxito da terapêutica instituída e proporcionando ao doente uma melhor qualidade de vida. No último trabalho apresentado faz – se já uma avaliação retrospectiva da implementação do seguimento em cinco serviços de internamento e da sua evolução, permitindo-nos ficar com uma ideia de como é que os tipos de PRMs podem evoluir ao longo do tempo de intervenção farmacêutica, e conclui-se mais uma vez que o Método de Dader: • permite ao Farmacêutico resolver PRMs em meio hospitalar nas suas múltiplas situações • os seus procedimentos básicos permitem realizar seguimento farmacoterapêutico a doentes de elevada complexidade • pode aplicar-se independentemente do local onde se encontre o farmacêutico a exercer a sua profissão. Mesa 4 - Cuidados Farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade. Texto elaborado pelo facilitador da mesa: Carlos Sinogas Participaram neste painel como oradores o Dr. Cecílio Venegas, Colégio Oficial de Farmacêuticos de Badajoz e a Dra. Paula Iglésias, GICUF, Universidade Lusófona. O Dr. Cecílio começou por exibir publicamente a sua perplexidade e incompreensão pelas alterações na regulação farmacêutica, anunciadas na véspera pelo Primeiro-ministro de Portugal, reportando o sentido contrário do que sucedeu em Espanha a partir dos anos 30. Face à experiência Espanhola considerou as alterações anunciadas como susceptíveis de prejudicar a Saúde Pública Portuguesa. Reportou depois a forma como se implementaram e se continuam a desenvolver os Cuidados Farmacêuticos na Província de Badajoz. O Colégio Oficial dos Farmacêuticos de Badajoz, que dirige, apoia as Farmácias Comunitárias numa perspectiva de facilitador das suas actividades, promovendo cursos de formação de peritos na área do seguimento farmacoterapêutico, reuniões clínicas regulares e apoios bibliográficos. Estarão também em desenvolvimento apoios informáticas para o desempenho destas actividades farmacêuticas, pela partilha de recursos informáticos. Os resultados da Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 67 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos intervenção do Colégio, como facilitador da implementação dos Cuidados Farmacêuticos, exprimemse pela elaboração de uma tese de doutoramento e diversas publicações, sendo particularmente relevantes as intervenções dos Farmacêuticos da Província de Badajoz em diversos simpósios nacionais, em que a percentagem de comunicações ultrapassa em muito a percentagem relativa dos Farmacêuticos inscritos no Colégio. A Dra. Paula Iglésias caracterizou sumariamente o ponto da situação dos cuidados farmacêuticos em Portugal, na vertente do que chamou de seguimento farmacoterapêutico, dando particular realce à formação dos Farmacêuticos pelas Universidades com ensino Farmacêutico e perspectivando as actividades de investigação em curso e a desenvolver nesta área. Apesar de não ter podido contar com respostas completas de todas as instituições de ensino farmacêutico no País, elencou as actividades de formação conexas com os Cuidados Farmacêuticos tanto ao nível da graduação como das formações pós-graduadas. Salienta-se a perspectiva de quase todas as instituições pretenderem desenvolver formações mais especializadas nesta área científica e a vontade manifesta do desenvolvimento de parcerias para a constituição de uma rede de investigação em Cuidados Farmacêuticos no país. Propôs, neste contexto, o desenvolvimento de um Plano Nacional de Seguimento Farmacoterapêutico, também numa perspectiva de propiciar um melhor nível de Saúde à população pelo uso mais adequado dos medicamentos. No seguimento das conferências apresentadas vários participantes intervieram com contributos sobre as formas de desenvolvimento dos Cuidados Farmacêuticos nas Farmácias Portuguesas. 68 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos Lista de participantes AIDA MARIA ALMEIDA BETO AIDA PINTO AMILCAR ROBERTO ANA CRISTINA DA SILVA ANTUNES ANA CRISTINA RAMA ANA FILIPA GOMES PEDRO SIMÃO ANA FILIPA MACHADO ANA LUISA CABAÇO ANA LUIS VIANA ANA MAFALDA AZEVEDO NICOLAU ANA MARGARIDA FERNANDES PITA ANA MARGARIDA PALMEIRO BRITO ANA MARGARIDA PINTO SILVA ANA MARIA PIRES LOURENÇO ANA PALHINHA ANA PAULA GOMES ANA PAULA MARTINS ANA PAULA MONTEIRO PIPA ANA SOFIA GUIMAS ANA SOFIA SANTOS VALONGO ANA TERESA MENDES CATARINO ANDREIA FERNANDA MATOSO ROSA ANGELA PATRICIA CUNHA ANTONIO EDUARDO VARANDA AUREA ROSA PEREIRA LIMA BARBARA JOANA OLIVEIRA LOURENÇO BERTA LASHERAS BONNIE HENDRIKS CARLA CRISTINA PAIVA DA CRUZ CARLA FILIPE CARLA FONSECA CARLA SOFIA PEDROSA MARQUES CARLOS MEIRELES CARLOS SINOGAS CASSYANO CORRER Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 69 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos CATARINA COSTA CATARINA INÁCIO CATARINA MARQUES DE MATOS CECILIO VENEGAS CIDALIA ALMEIDA DA SILVA DANIEL JOSE BATISTA AZEVEDO DANIELA DOMINGOS DINAH CONCEIÇÃO VERDUGO DUARTE DIOGO PILGER DORA CHACUPANGA MANAIE DORA SILVA INES ALEXANDRA ROSA FERNANDES INES ISABEL LOPES NUNES CUNHA ISABEL MAURÍCIO ISABEL VITORIA EDUARDO VITOR GONÇALVES FERREIRA ELSA DINORA ALMEIDA EMA PAULINO EVA CONCEIÇÃO OLIVEIRA GONÇALVES FATIMA FALCÃO FERNANDO FERNANDÉZ-MARTÍNEZ FERNANDO TEIXEIRA DUARTE FILIPA MARECOS DO MONTE FILIPE FONSECA GONÇALO PEREIRA AVOUCA HELENA CATARINO HELENA MARIA MARTINHO CLAUDIO HELENA SOLLA ALVES COSTA HENRIQUE SANTOS HUGO MIGUEL NUNES CARTAXO INES BRITO INES FOUTO ISABEL BAENA ISABEL MARIA SILVA MONTEIRO ISABEL MARIA SILVA DUARTE ISAURA ALMEIDA MARTINHO JOÃO CARLOS LOPES CARVALHO JOÃO LUIS SOUSA DIAS JOÃO SILVEIRA JOANA GIL PIRES 70 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos JOANA ISABEL LOPES PINTO JOANA MARTA ALMEIDA FERNANDES JOANA MARQUES JOANA RIBEIRO JOANA RODRIGUES MELO CABRAL JOANA TAVARES PEIXOTO FARIA JOANA SACRAMENTO LOPES JORGE MANUEL ROCHA AUGUSTO JOSÉ CABRITA JOSE ARANDA DA SILVA JOSÉ LUIS ALVES LAURA SOFIA MARTINS VIEIRA LAURA TUNEU LEONOR CORREIA RITA LOURENÇO LICIA TEIXEIRA GOMES LUCIA MARIA CORREIA RODRIGUES LUCIANA MARIA CATELA PATRICIO LUIS MONTEIRO RODRIGUES MANUEL MACHUCA MANUEL PICOITO FITAS MANUELA ANÇÃ CASTRO MANUELA PLASENCIA CANO MARCIA ALMEIDA MARGARIDA FREITAS MARIA ALINE FONSECA MARIA ALVES GRILO DA SILVA MARIA ANDREIA PEREIRA LOUÇÃO MARIA ANTONIA MANGUES MARIA CONCEIÇÃO MESTRE MARIA FATIMA OLIVEIRA BRITO SÁ MARIA GABRIELA MOURA PLÁCIDO MARIA HELENA FERNANDES CAMOLINO MARIA HELENA LOPES LAMEIRO MARIA INES ANTUNES BARATA MARIA ISABEL FARIA PAIS MARIA ISABEL ALMEIDA FELISBERTO MARIA JESUS TAVARES DOMINGUES MARIA JOÃO DUARTE MARIA JOÃO POOLE DA COSTA MARIA JOSÉ FAUS Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 71 I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos MARIA JOSE PAIVA MARTINS MARIA JOSÉ MILHEIRO MARIA MARGARIDA COSTA COUTINHO MARIA MARGARIDA QUADROS SERIGAD MARIA ODETE BULE MOSCA MARIA ODETE ROSA ALVES SILVA MARIA ROSARIO VALENTE RIBEIRO MARIANA MARTINS DOS SANTOS MARINA PINTO LEAL MARISA ALEXANDRA LOPES INÁCIO MARGARIDA CARMONA MARGARIDA CRISTINA FERREIRA LIMA MARTA BATISTA ROSA REPOLHO MARTA BELA FAUSTINO MARTHA MILENA CASTRO MAURO CASTRO MIGUEL ANGEL GARALDA NADINE RIBEIRO NUNO ARRAIGAS PATRICIA PAIXÃO PATRICIA TELES DE NORONHA PAULA CRISTINA SOUSA PERDIGÃO PAULA FRESCO PAULA IGLÉSIAS PAULO ROQUE LINO PEDRO AMORES DA SILVA PEDRO COUTO PEDRO MIGUEL BORRATA REGINA JESUS REIS CARDOSO RITA ISABEL BARROS GOMES RITA SUSANA ALVIM VARELA RUI LUCAS SANDRA ISABEL MANSINHO NUNES SANDRA MARGARIDA NUNES SANTOS SARA CONCEIÇÃO BENTO ROSADO SARA CRISTINA SEQUEIRA MONTEIRO SARA FILIPA ORNELAS VALENTE RAMOS SARA NOGUEIRA SILVIA PAULA GABRIEL BENTES SOFIA AFONSO 72 Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos SOFIA CRISTINA MONTEIRO RODRIGUES SOFIA LOPES MOUSINHO DOS SANTOS SONIA MARISA TEIXEIRA SILVA SUZETE COSTA TANIA MARISA DUARTE TATIANA BATISTA TERESA AIRES PEREIRA TIAGO MIGUEL VIEGAS SOUSA SANTOS VASCO DE JESUS MARIA VITOR HUGO LUCIO RAMOS VICTOR SEABRA VERA LUCIA QUARESMA Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade 73